O EI não representa estes jovens muçulmanos britânicos

#NotInMyName é o nome de uma campanha contra o Estado Islâmico, lançada por um grupo de jovens activistas muçulmanos britânicos nas redes sociais. Movimento já conta com milhares de fotografias partilhadas no Twitter

Olham para a câmara e seguram uma folha branca onde se lê #NotInMyName. São jovens britânicos activistas e muçulmanos e não sentem que o Estado Islâmico (EI) os represente. Criaram, por isso, uma campanha que condena a actuação violenta do EI em nome da sua religião.

São já milhares as fotografias que servem de testemunho e que contam com a “hashtag” #notinmyname, partilhadas na rede social de “microblogging” Twitter e também no Facebook por jovens muçulmanos britânicos — mas não só.

A campanha foi lançada por um grupo destes jovens activistas, com o apoio da organização não-governamental (ONG) baseada em Londres Active Change Foundation, logo após a divulgação do vídeo de decapitação do britânico David Haines.

Os jovens, que não se revêem na violência dos actos do EI, estão a utilizar os mesmos meios que os terroristas para promoverem a paz: a Internet. “Os jovens muçulmanos britânicos estão fartos da propaganda cheia de ódio que os terroristas e apoiantes do Estado Islâmico despejam nas redes sociais”, referiu ao “Huffington Post UK” o fundador da ONG, Hanif Qadir. “Estão zangados com o facto de os criminosos estarem a utilizar [estas] plataformas para radicalizar os jovens e espalhar as suas palavras venenosas de violência em nome do Islão.”

“Devemo-nos unir e tentar impedir este grupo de prejudicar o Islão e os muçulmanos”, diz uma das jovens no vídeo de promoção da campanha, que justifica o apoio a esta causa com: “A minha religião promove a tolerância entre os homens e vocês não têm respeito por eles”.

O que começou como uma acção britânica rapidamente se espalhou a outros países, com muçulmanos de várias nacionalidades a partilhar a mensagem #NotInMyName. A terminar o vídeo, uma frase que resume os testemunhos dos jovens: “O Estado Islâmico não representa o Islão”.

Sugerir correcção
Comentar