Low cost da Air Canada chega a Lisboa a partir de Junho

Aeroporto registou aumento de 700 mil passageiros em 2013 e representa 50% do tráfego da rede da ANA

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Miguel Manso

A low cost Rouge, lançada em Julho pela Air Canada, vai começar a operar no aeroporto de Lisboa a partir de Junho, ligando a capital a Toronto. A informação foi avançada ontem pela ANA, a gestora aeroportuária nacional que foi vendida ao grupo francês Vinci no ano passado. A empresa registou um acréscimo de 5% no tráfego em 2013, suportado essencialmente pelas companhias de baixo custo. Lisboa contribuiu com 700 mil novos passageiros.

Segundo a informação que constam no site da Rouge, a operação que ligará Portugal ao Canadá arranca a 21 de Junho deste ano, mas já está a aceitar reservas. Com a entrada da companhia, subirá para 37 o número de transportadoras aéreas regulares no aeroporto da capital, que no ano passado movimentou 16 milhões de passageiros. De acordo com dados cedidos pela ANA, tratou-se de uma subida homóloga de 4,6%, que foi essencial para assegurar um crescimento global de 5% na rede da gestora aeroportuário.

O aeroporto de Lisboa representa 50% dos 32 milhões de passageiros movimentados em 2013, tendo crescido 1,2% no número de lugares oferecidos (para um total de 20 milhões). No ano passado, a TAP manteve a liderança, com uma quota de 59,1% do tráfego, seguida pela Easyjet (11.4%) e pela Lufthansa (3,4%). Foram, no entanto, as companhias de baixo custo que suportaram a subida global de 5% no número de passageiros da rede. Do crescimento absoluto (1,5 milhões de passageiros), mais de 61% voavam em low cost.

Outra companhia do segmento que está a apostar na capital é a Ryanair, que, depois de exercer muita pressão sobre a gestora aeroportuária para garantir descontos nas taxas, abrirá em Abril uma base aérea no aeroporto, seguindo os passos dados em Abril de 2012 pela Easyjet. Recentemente, a low cost irlandesa anunciou que vai abrir quatro novas rotas (Dole, Manchester, Marselha e Pisa) e um investimento de 66 milhões de euros. A transportadora não teve, no entanto, direito ao que reclamava. Foi obrigada a negociar slots [faixas horárias] tal como as restantes empresas do sector.

O presidente da ANA, Jorge de Ponce Leão, afirmou nesta quarta-feira que, para 2014, o crescimento global da rede “deverá rondar os 4%”, o que considerou ser “um valor sustentável”. Caso a expectativa se confirme, significará que o tráfego vai ultrapassar a barreira dos 33 milhões este ano. O responsável acredita, no entanto, que a meta poderá ser superada, embora tal dependa de factores “alheios” à gestão, como o aumento de capacidade das companhias de aviação, nomeadamente nos voos da TAP para o Brasil.

O Governo decidiu vender a empresa à Vinci em Dezembro de 2012, embora a transferência de acções só tenha ocorrido em Setembro passado. O novo accionista remeteu, em Dezembro, o plano estratégico que tem para a ANA, aguardando pela apreciação do executivo. O prazo termina em meados de Fevereiro.

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