Coreia do Sul quer manter presença militar norte-americana na península

Gabinete do Presidente Moon Jae-in diz que a manutenção do contingente militar dos EUA não está relacionada com o futuro tratado de paz.

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Moon Jae-in (esquerda) conversa com Kim Jong-un durante a cimeira de sexta-feira EPA/KOREA SUMMIT PRESS / POOL

A presença militar norte-americana na Coreia do Sul não será posta em causa pelo processo de reaproximação diplomática entre Seul e Pyongyang, garantiu o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

“As tropas dos EUA estacionadas na Coreia do Sul são uma questão relacionada com a aliança entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos”, disse o porta-voz presidencial Kim Eui-kyeom, durante uma conferência de imprensa nesta quarta-feira.

A explicação dada pelo gabinete de Moon surge em resposta a um artigo de um conselheiro presidencial que tinha afirmado dias antes ser difícil justificar a presença militar norte-americana na península caso um tratado de paz entre as Coreias venha a ser assinado.

Desde o final do conflito da Guerra da Coreia, ao abrigo de um acordo de segurança assinado em 1953, que os EUA mantêm uma presença militar na Coreia do Sul, como forma de dissuasão de uma hipotética invasão por parte do Norte. Actualmente estão estacionados no país cerca de 29 mil soldados norte-americanos divididos em mais de uma dezena de bases.

A retirada do contingente militar dos EUA na Península Coreana é uma exigência antiga do regime norte-coreano, que encara essa presença como uma ameaça à sua própria segurança.

Na cimeira entre Moon e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, foi firmado um compromisso para que seja assinado um tratado de paz entre os dois países. Não há, no entanto, qualquer referência a uma eventual retirada de tropas norte-americanas.

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