“Timeline”: um ano de arte urbana na Underdogs

Exposição passa em revista o primeiro ano dos "Lisbon Pop-Up Shows", uma iniciativa do projecto Underdogs. Para ver em Lisboa até 21 de Dezembro

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Mural dos How&Nosm em Alcântara Alexander Silva

Trabalhos originais de artistas urbanos, nacionais e estrangeiros, como Pixelpancho e Interesni Kazki, que ao longo do ano pintaram obras em paredes de Lisboa, estarão expostos a partir de sexta-feira numa galeria da capital. "Timeline" marca o final do primeiro ano dos "Lisbon Pop-Up Shows", uma iniciativa do projecto Underdogs, que tem como responsáveis a francesa Pauline Foessel e o português Alexandre Farto, também conhecido como Vhils, e que se divide entre arte pública, com pinturas nas paredes da cidade, e exposições dentro de portas, no n.º 56 da rua Fernando Palha, espaço recuperado e transformado em galeria de arte.

Esta exposição colectiva, que "terá lugar tanto na Galeria Underdogs como na própria cidade de Lisboa", inclui, de acordo com a organização, "trabalho original e exclusivo de alguns dos mais conceituados artistas urbanos contemporâneos que trabalharam com a plataforma em 2013: Interesni Kazki (Ucrânia), Cyrcle (EUA), ±maismenos± (Portugal), Pixelpancho (Itália) e How and Nosm (EUA)". "'Timeline' faz o balanço do trabalho produzido pelos artistas e colectivos que o Programa de Exposições e Arte Pública Underdogs trouxe a Lisboa ao longo de 2013, apresentando na galeria uma selecção de obras originais e serigrafias produzidas por cada um no seguimento da sua curta residência artística na cidade, ao mesmo tempo que estabelece uma articulação com as intervenções que estes imprimiram no espaço urbano de Lisboa e que transformaram definitivamente a paisagem visual da cidade", refere a organização em comunicado.

A primeira exposição dos "Lisbon Pop Up Shows" aconteceu em Maio, com a dupla de ucranianos Interesni Kazki a deixar uma pintura surrealista numa parede na zona da avenida Almirante Reis. Em Julho, esteve patente na galeria da rua Fernando Palha uma exposição do colectivo norte-americano Cyrcle, que também deixou trabalho nas ruas de Lisboa. Em Setembro, o artista Miguel Januário, com o seu projeto ±maismenos±, teve patente na galeria uma exposição "onde não havia nada que o dinheiro pudesse comprar, mas o nada estava à venda".

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Mural de PixelPancho Alexander Silva

Já este mês, esteve patente na galeria "Trains & Generations", uma exposição de fotografia com imagens captadas pela norte-americana Martha Cooper, uma das primeiras mulheres a dedicar-se a fotografar de arte urbana, do italiano Alex Fakso e do português Smart B. Também este mês, o italiano Pixelpancho esteve em Lisboa, onde deixou três trabalhos, feitos em colaboração com Vhils, nas paredes exteriores de um armazém situado na Avenida Infante Dom Henrique, perto da Doca do Jardim do Tabaco.

Este mês Lisboa recebeu ainda a visita dos norte-americanos How&Nosm. Os gémeos Raoul e Davide Perre pintaram em Lisboa dois murais de grande escala, um numa parede em Alcântara e um outro em Campolide. A organização refere que "a articulação entre cidade (arte pública), galeria (exposição) e espaço virtual (website) é feita através de placas instaladas junto a cada uma das nove localizações onde os artistas intervieram em Lisboa, contendo "QR codes" que remetem para www.under-dogs.net, onde os visitantes poderão aceder a um mapa, junto com informação detalhada sobre as peças, os seus autores e o Programa de Arte Pública Underdogs". A inauguração de "Timeline" está marcada para sexta-feira às 19h. A exposição ficará patente até 21 de Dezembro.

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