Este foi o primeiro Verão Azul de três amigos no Alentejo

Esta é a história de uma viagem "low cost" protagonizada por três amigos à procura das mais belas praias de Portugal. Cada um gastou cerca de 100 euros ao longo de cinco dias

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Nuno Ramos

Depois do desafio lançado pelo P3 para os leitores partilharem conselhos para um Verão "low cost", aqui temos as peripécias de uma viagem de três amigos. Nuno Ramos, Pedro Valada e Rosa Dourado fizeram as malas e partiram numa viagem de cinco dias entre o Sudoeste Alentejano e a Costa Vicentina. O objectivo era, explica Nuno Ramos, "fugir das grandes multidões e gastar pouco dinheiro". Cada um gastou cerca de 100 euros ao longo da viagem (combustível incluído). 


Estes aventureiros saíram de Coimbra e lançaram-se à descoberta de novas paisagens, praias e pessoas. Mas aqui não há lugar para mordomias: deixam-se de lado os quartos de hotel, as camas lavadas e os luxuosos pequenos-almoços numa sala atulhada de gente. Há, sim, espaço para uma tenda, sacos-cama e as parafernálias habituais dos campistas. E isto tudo num local recôndito, junto a praias pouco conhecidas. Loucura? Eles dizem que não. Fazer campismo selvagem não foi um problema para eles.


O dia-a-dia destes três amigos era simples, mas tudo menos desinteressante. Acabados de acordar num descampado, seguiam até à povoação mais próxima para tomar o pequeno-almoço e retemperar forças para mais um dia. Restaurante para almoçar? Nuno, Pedro e Rosa tinham outros planos. Faziam compras nos supermercados e procuravam uma praia com pouca gente para almoçar e passar a tarde. Visitaram as praias de Arrifana, Carriagem e Vale dos Homens, entre outras cujo nome desconhecem, até porque estavam desertas. Ou seja, um dia rodeado de águas límpidas, trilhos mal traçados e um cheiro a maresia intenso.

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Nuno Ramos


Depois de um dia de praia, os três amigos procuravam uma ribeira ou banhos públicos para tratarem da higiene pessoal. Tiravam o salitre do corpo e seguiam à procura de um sítio para jantar. Restaurantes de "fast-food", restaurantes "gourmet" ou com cozinha oriental: o que têm em comum? Apenas o facto de estes três amigos não os terem frequentado.

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Nuno Ramos

Ao invés disso, jantaram em associações, colectividades e grupos desportivos onde os preços eram extremamente convidativos. Mas o melhor, afirmam ao P3, era a simpatia com que eram tratados. No final do jantar lá vinha a cozinheira — que quase já parecia da família — e convidava-os para voltarem no dia seguinte, perguntando-lhes o que queriam que ela confeccionasse especialmente para eles. Saudades de luxos? Os nossos amigos não se queixam e dizem que sempre foram muito bem recebidos. Já de barriga cheia, os nossos aventureiros procuravam outro lugar para pernoitar e aproveitavam para confraternizar entre eles o resto da noite.

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Nuno Ramos
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