Chromecast quer reformular a caixa que mudou o mundo

Este é um gadget que vai ser muito útil a quem tem uma TV sem interface de rede, e na qual quer ter acesso a todos os conteúdos que tem espalhado por todos os devices que tem em casa

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Reuters

A televisão foi “a caixa que mudou o mundo”, ninguém pode discutir. E, após a revolução que foi a introdução da cor na televisão (1954 nos EUA, 1967 na Europa, 1980 em Portugal), estamos hoje a viver a segunda grande mudança tecnológica, com a verdadeira interactividade a ser o ingrediente novo (pay-per-view, gravação/agendamento, subscrição de serviços, Internet TV, social media, etc., em equipamentos que serão, tendencialmente tácteis ou com motion interface).

Entra em cena esta peça, o Google Chromecast (parece uma pen USB, não é?)…


Depois do insucesso do Google TV, a empresa pensou em como poderia recuperar desse falhanço e chegar a um leque mais vasto de potenciais clientes, com uma solução que, sendo mais generalista e aberta, convidasse ao uso dos produtos e serviços da Google.

Solução: um “dongle” que não é USB, mas sim HDMI.


Já há alguns anos que os receptores de TV comuns (além de deixarem de ser convecionais CRTs – cinescópios) passaram a ter uma, ou mais, entradas HDMI, que é um interface de comunicação orientado para a transmissão de vídeo e áudio.

Baseada na mesma arquitectura dos micro PCs tipo Raspberry Pie, esta pequena peça já foi esmiuçada e é constituída por um circuito onde se destacam quatro componentes:


— Processador Marvell DE3005-A1 (Dual Core, 1,2 GHz);


—  Placa de rede AzureWave AW-NH387 (Wi-Fi 802.11 b/g/n, Bluetooth e FM);


—  Memória Flash de 2Gbyte Micron MT29F16G08MAA;


—  Memória RAM 512 Mbyte Micron D9PXV DDR3L SDRAM.

Além de permitir ligar a televisão a qualquer equipamento wireless ou Bluetooth, o Chromecast tem uma entrada USB e é um aparelho cross-platform que permite a ligação a telemóveis e tablets, sejam iOS ou Android, transformado-a numa SmartTV.

Por outras palavras, da próxima vez que não quisermos abdicar do PC, tablet ou telemóvel para outra pessoa (por exemplo, filhos!) poder ver aquele vídeo do YouTube ou um ficheiro qualquer, a projecção na TV torna-se imediata com este equipamento.

Claro que o Google Chromecast foi feito a pensar no mercado norte-americano, e há claras vantagens no uso do add-on (extensão) para o Chrome (o browser da Google) que permite o acesso directo a conteúdos do Hulu, HBOgo ou Rdio ou streaming (por exemplo Youtube, Vimeo, Netflix ou Google Play); com estas funcionalidades e preços, a concorrência (nos EUA, o AirPlay da Apple e o Streaming Stick da Roku) vai ter mesmo de se preocupar.

Para o resto do planeta, este é um gadget que vai ser muito útil a quem tem uma TV sem interface de rede e na qual quer ter acesso a todos os conteúdos que tem espalhado por todos os devices que tem em casa ou a que estes podem aceder via Internet.

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