Zuckerberg quer que a Internet seja direito humano

Facebook, Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera, Qualcom e Samsung querem alargar acesso à rede para toda a população mundial. Para isso, querem tornar troca de dados mais eficiente e ajudar países em desenvolvimento a melhorar infra-estruturas

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Robert Galbraith/Reuters

O Facebook tem 1150 milhões de utilizadores. Grosso modo, uma em cada sete pessoas no mundo tem uma conta naquela rede social, que começa a não ter muito por onde crescer. As últimas estimativas indicam que 2700 milhões de pessoas tenham acesso à Internet, o que deixa de fora a maior parte da população mundial. A solução é óbvia: aumentar o acesso.

A primeira pergunta que se coloca a uma empreitada dessa envergadura também é evidente: como? O Facebook tem várias respostas. Primeiro, quer tornar a troca de dados mais eficiente, para baixar os custos associados ao acesso à Internet através dos telemóveis. Segundo, reduzir a quantidade de dados usadas pelas aplicações móveis. Terceiro, ajudar as empresas dos países em desenvolvimento a criar modelos de negócio que facilitem o acesso à rede.

Não são ideias soltas. O Facebook anunciou, nesta terça-feira à noite, um projecto conjunto com seis outras grandes empresas ligadas à tecnologia e às telecomunicações – Ericsson, MediaTek, Nokia, Opera, Qualcom e Samsung – para concretizar as ideias expostas por Mark Zuckerberg num artigo de dez páginas em que o co-fundador e presidente executivo do Facebook defende que o acesso à Internet (a “conectividade”) deveria ser um direito humano.

“Como a Internet é tão fundamental, consideramos que toda a gente deveria ter acesso e estamos a investir uma quantidade significativa da nossa energia e dos nossos recursos para que isto aconteça”, escreve Zuckerberg. “O Facebook já investiu mais de mil milhões de dólares para ligar pessoas no mundo em desenvolvimento ao longo dos últimos anos e planeamos fazer mais.” (O Google também o tem estado a fazer.)

Um mundo ligado é uma ambição de Zuckerberg pelo menos desde os tempos de Harvard, onde o Facebook deu os primeiros passos. Sempre que pode dá conta desta utopia pessoal. Mas o idealista é também líder de uma empresa cotada em bolsa e tem de prestar contas aos accionistas (tal como a Ericsson e a Nokia). Não esconde por isso que o projecto tem de ser lucrativo para todas as partes envolvidas. Zuckerberg acredita que é possível – e explica como.

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