Siza revela projecto de restauro de mosteiro em Baião

Arquitecto apresenta esta terça-feira a sua proposta para o Mosteiro de Santo André de Ancede, em Baião, distrito do Porto

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Álvaro Siza apresenta o projecto no mosteiro de Baião, às 18h Adriano Miranda

Álvaro Siza vai esta terça-feira a Baião mostrar o estudo prévio que traçou para o projecto de conservação e restauro do Mosteiro de Ancede, naquele concelho, noticia a agência Lusa. A sessão de apresentação começa às 18h.

Segundo o arquitecto, a proposta foi já aprovada pelo então Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (hoje parte da Direcção-Geral do Património Cultural), pelo que a próxima fase será a do desenvolvimento do anteprojeto.

De acordo com fonte autárquica, é no âmbito desta fase que está prevista a reconversão da antiga casa moços e hospedaria, adaptando aqueles espaços a cafetaria. O projeto inclui também a criação de quatro unidades de alojamento que serão complementadas por salas de leitura e de pequenos-almoços.

Atrair mais turistas ao Douro

“Está prevista a criação de salas de trabalho, de exposição e sala de conferências. A sala de refeições do mosteiro e respectiva cozinha também serão alvo de intervenção, com o objetivo de recuperar os espaços mantendo a sua função primitiva”, lê-se numa nota de imprensa.

É neste documento que a autarquia explica ainda que espera que, depois de recuperado, o mosteiro do século XII venha a atrair os visitantes que procuram conhecer o vale do Douro e as serras que o formam, assim como os artistas de mais diversas áreas que "procuram refúgio e inspiração". E acrescenta: "A essência do projecto é a criação de condições para o repouso e o pensamento."

O Mosteiro de Santo André de Ancede, propriedade do município de Baião, é um monumento de interesse público desde Abril e integra a Rota do Românico do Vale do Sousa e Baixo Tâmega.

A primeira referência a esta casa religiosa data de 1120 e diz respeito à sua ligação aos cónegos regrantes de Santo Agostinho. Nas suas propriedades produzia-se vinho, garantia de grande prosperidade económica até ao século XVI, período em que começou a entrar em declínio. Em 1560 começou a sua recuperação, com a reedificação da igreja de grandes dimensões. A extinção das ordens religiosas levou à venda do imóvel e terras em hasta pública, passando para as mãos do visconde de Vilarinho e São Romão. Mas, em 1932, a capela e a igreja foram entregues à paróquia e há quase 30 anos que o mosteiro pertence à Câmara Municipal de Baião.

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