Há seis mil vagas para pizzeiros mas poucos italianos querem pôr a mão na massa

Um salário que oscila entre os 1700 e 2500 euros mensais não é atractivo suficiente para que os desempregados italianos queiram preparar pizzas como profissão

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Dario Pignatelli/Reuters

O país que inventou a pizza está com um problema de mão-de-obra. Para responder à procura, o sector necessita de 6000 pizzeiros, diz um estudo feito pela federação italiana de comércio (FIPE). A questão é que a profissão encontra-se desvalorizada, apesar de a comida ser procurada como nunca.

Um representante da Associação dos Pizzeiros Napolitanos, Claudio Sebillo, diz ao PÚBLICO que a falta de pessoal no ramo das pizzarias não significa que os italianos estejam a rejeitar esta tradição, mas está relacionado com o facto de procurarem trabalhos mais intelectuais.

A remuneração média para quem prepara pizzas oscila entre os 1700 e os 2500 euros mensais, mas Claudio Sebillo afirma que o que está em causa é mais uma questão de desprestígio da profissão do que de baixos salários. “É um trabalho muito cansativo e ainda não é valorizado. Aliás, valorizam-se cada vez mais as pizzas e cada vez menos a pessoa que as faz”, argumenta. Um pizzeiro trabalha oito horas, todos os dias, normalmente em dois turnos de quatro horas cada um.

“Não é que os italianos não queiram trabalhar especificamente neste ramo, o que acontece é que, em geral, há uma tendência de não se querer fazer trabalhos manuais e que exijam mais esforço físico”, acrescenta. Claudio Sebillo diz que a necessidade de seis mil pizzeiros apontada pela FIPE pode estar inflacionada. “Há efectivamente uma carência de pessoal. O estudo aponta para cerca de seis mil pizzeiros mas, como inclui a necessidade sazonal de pessoal, parece-nos um número exagerado”.

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