Há um novo jornal e é só dedicado à crítica cultural

Primeira edição do Jornal Falado da Crítica decorre esta quarta-feira no Museu do Design e da Moda, em Lisboa

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O primeiro Jornal Falado inclui figuras como Delfim Sardo, comissário de arte contemporânea e presidente da AICA Portugal

É uma forma de combate à inércia, ao estado do mundo e da Cultura, diz a organização: “Numa altura em que a crítica quase deixou de existir na imprensa e num mundo de incertezas e interrogações, o exercício do pensamento crítico e a partilha de ideias, livre e empenhada é uma forma de resistência em relação à passividade”, lê-se na documentação que anuncia a primeira edição do Jornal Falado da Crítica, quarta-feira, às 18h30, no Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa – entrada livre.

Iniciativa conjunta da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA) e do MUDE, com o apoio da Culturgest, o primeiro Jornal Falado reúne Delfim Sardo, comissário de arte contemporânea e presidente da AICA Portugal (foi director do Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém entre 2003 e 2005), Sérgio Mah, especialista em fotografia (dirigiu as duas edições da Bienal LisboaPhoto, em 2003 e 2005, e foi comissário-geral do PHotoEspaña 2008) e Nuno Grande, arquitecto, crítico e comissário de arquitectura (foi apontado há três dias pela Secretaria de Estado da Cultura para a secção de Património Arquitectónico do Conselho Nacional de Arquitectura).

Da conversa entre os três nascerá, ao vivo, o primeiro Jornal Falado, que terá uma edição a cada duas semanas. A segunda edição (3 de Abril) terá um formato ligeiramente distinto, estruturando-se sobre entrevistas: a arquitecta Inês Lobo será entrevistada pelo arquitecto e crítico de arquitectura Luís Santiago Baptista e o artista plástico Rui Toscano, que até 19 de Maio expõe na Culturgest, será entrevistado pelo comissário Nuno Faria, ex-curador residente da Fundação Calouste Gulbenkian (2003-2009) hoje radicado no Algarve a desenvolver o projecto MobileHome — Centro de criação artística para o desenvolvimento de práticas educativas.

“O repto lançado aos críticos é que sejam assertivos e que defendam pontos de vista, possivelmente polémicos, sobre o cenário artístico. O repto lançado ao público é que seja participante, que partilhe os seus pontos de vista, que interrogue e que faça deste jornal falado uma efectiva troca de ideias e experiências”, explica a organização.

Nas duas restantes edições para já anunciadas estarão Liliana Coutinho, António Pinto Ribeiro e Anta Tostões (17 de Abril) e Paulo Pires do Vale, Rui Mário Gonçalves e Margarida Medeiros (8 de Maio).

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