A loucura “Harlem Shake”

Google, Facebook e companhia já fizeram os seus vídeos. O fenómeno da dança "Harlem Shake" está a contagiar o mundo digital — para ultrapassar o "Gangnam Style"

Já o apelidam de novo "Gangnam Style". E, pelo que parece, para lá caminha. A dança — ou série de movimentos — "Harlem Shake" é o mais recente fenómeno do YouTube e não é propriamente... lógico.

Não estamos a falar do movimento de tronco, ombros e pernas (e não só) popularizado na década de 80, também conhecido por "albee" em honra do alegado criador Al B, que ressuscitou umas quantas vezes, por exemplo, em 2001 no videoclipe de "Let's Get It" de G. Dep, P Diddy e Black Rob.

A canção apropriadamente baptizada "Harlem Shake" do DJ norte-americano Baauer, lançada o ano passado, dá o mote aos vídeos que rondam os 30 segundos. Geralmente, a primeira parte mostra uma única pessoa a dançar, por vezes com umas certas poses sensuais e um capacete, perante a indiferença do resto do grupo; quando a música atinge um "crescendo", há um corte no vídeo e logo parece que a frase "and do the harlem shake" contagia os restantes intervenientes — todos dançam freneticamente, muitas vezes fantasiados ou até (já aconteceu) despidos.


Nós dissemos que não era propriamente lógico — e também não é propriamente fácil de explicar. O melhor é ver. Se bem que este modelo, replicado já por empresas como a Google, Buzzfeed ou o Facebook, já é produto de uma evolução. De acordo com o YouTube, que esta semana destacou a "explosão" do fenómeno, este "meme" terá começado com um vídeo publicado no dia 2 que segue um outro modelo. Mas terá sido um outro, do utilizador TheSunnyCoastSkate, que padronizou os passos e catapultou-o para a categoria de "meme".


Segundo o YouTube, já foram publicados mais de 40 mil vídeos totalmente dedicados ao "Harlem Shake", contabilizando 175 milhões de visualizações. Claro que em Portugal a moda também já pegou, até no CC. O prémio de mais popular até agora vai para a dança do pessoal da empresa Maker Studios, que aliás inspirou outras e potenciou o fenómeno para a esfera organizativa e até para as patentes militares. Os músicos também não ficaram indiferentes: Matt and Kim já publicaram o deles e Azealia Banks já fez a sua versão da música de Baauer.

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