SexLab da Universidade do Porto pede voluntários para estudar disfunção eréctil

Os voluntários que participem nos dois estudos recebem um vale no valor de 30 euros, para além do tratamento gratuito da disfunção eréctil

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O SexLab vai estar disponível “para receber potenciais voluntários” Nelson Garrido

O Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana, SexLab, da Universidade do Porto inicia esta quinta-feira o recrutamento de voluntários, entre os 18 e os 50 anos, para dois estudos sobre causas psicológicas e tratamentos da disfunção eréctil.

“O público-alvo serão homens com dificuldades de erecção, homens adultos com mais de 18 anos e menos de 50 e que tenham dificuldade de erecção por razões psicológicas”, explicou à Lusa Pedro Nobre, responsável do laboratório e coordenador dos estudos.

Aproveitando a efeméride do Dia Europeu de Saúde Sexual, e também Dia de São Valentim, o novo SexLab (que foi transferido da Universidade de Aveiro para a do Porto) vai arrancar com os dois estudos, financiados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e que decorre da parceria entre as duas universidades.

“Um deles é um estudo laboratorial onde vamos avaliar a resposta sexual fisiológica”, contou o investigador segundo o qual será medida a alteração na circunferência do pénis durante a visualização de estímulos sexuais, “normalmente filmes de natureza sexual”.

Anonimato e privacidade

Pedro Nobre garante que o estudo terá “um grande cuidado com as questões do anonimato e também da privacidade”, sendo que “em momento algum há observação directa ou contacto directo” com o voluntário que estará numa “sala experimental separada da sala dos investigadores”.

“Ao mesmo tempo avaliamos a resposta subjectiva, ou seja, a avaliação que as pessoas fazem da sua própria resposta sexual”, acrescentou. O segundo estudo tem como objetivo “testar a eficácia” de um protocolo de tratamento psicológico da disfunção eréctil que, segundo uma investigação levada a cabo pelo SexLab em 2012, afecta cerca de 10% da população masculina do país.

Os voluntários deste estudo receberão tratamento psicológico de forma gratuita durante três meses, sendo avaliados no início, durante e no final da intervenção realizada por psicólogos clínicos com formação em terapia sexual.

Os dois estudos permitirão não só compreender melhor as causas da disfunção eréctil - “um problema vivido habitualmente com grande ansiedade e com grande interferência na vida dos homens que dele sofrem” - mas também testar o efeito de um tratamento psicológico (terapia cognitivo-comportamental) que é usado com “bastante sucesso” numa grande diversidade de problemas emocionais.

A partir desta quinta-feira o SexLab vai estar disponível “para receber potenciais voluntários” que podem contactar a equipa de investigadores via email (sexlab@fpce.up.pt), após o que serão alvo de uma entrevista telefónica para “avaliar se reúnem os requisitos”.

Os voluntários que participem nos dois estudos recebem um vale no valor de 30 euros, para além do tratamento gratuito que, numa segunda fase, se estenderá a mais 90 participantes.

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