Felicidário: um calendário ilustrado da felicidade para maiores de 65 anos

É uma plataforma online de felicidade para maiores de 65 anos. Todos os dias há uma nova ilustração

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André da Loba

A felicidade é fazer o pino. É ter saúde, claro, mas também pode ser abrir uma conta no Facebook, tomar um banho de espuma ou cantar num karaoke. E, porque não, casar-se? Mesmo aos 85 anos?

O Felicidário é feito destes e de outros desejos. Como o nome indica, é um calendário da felicidade, especialmente dirigido a maiores de 65 anos. E não só, dizemos nós. Todos os 365 dias de 2013 vão ter uma ilustração a preceito com propostas para ser feliz na terceira idade. 

É uma forma de não esquecer a mensagem de 2012, ano europeu do envelhecimento activo e da solidariedade entre gerações, de envelhecer de uma forma activa e... feliz. Para isso, a agência Lintas voltou a juntar-se à associação Encontrar+se. “São ideias que inspiram as pessoas”, conta Margarida Silva, gestora do projecto. “Basicamente, o que toda a gente deseja é ter saúde, mas a felicidade pode ser uma coisa simples, de que gostamos muito.” Seja andar de avião, conhecer o Brasil ou até “ter uma botija de água quente”, como já confessou uma avó quando a neta lhe mostrou o projecto.

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Happiness is watching a 3D movie Júlio Dolbeth

Algumas frases saíram da agência, mas foram também recolhidos testemunhos de pessoas com mais de 65 anos. “Fazem-nos sorrir”, sublinha Margarida. É verdade. Basta passar os olhos pelos desenhos que já estão publicados no site e no Facebook. Afonso Cruz, André Letria e Ricardo Henriques, André da Loba, Aka Corleone, Bernardo Carvalho, Carolina Celas, Irmão Lúcia, Júlio Dolbeth, Madalena Matoso, Maria Imaginário, Tiago Albuquerque e Yara Kono são os ilustradores que se dedicam “pro bono” a retratar estas definições de felicidade — para já, pelo menos. “Estamos a pensar abrir mais o leque de artistas. Já recebemos mais pedidos do que o número de meses do ano”, graceja Margarida.

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Happiness is singing karaoke Madalena Matoso

Para já, o Felicidário só está online, mas há a possibilidade de ser editado em 2014. Planeados estão também pequenos documentários, realizados com a colaboração da Molotov, sobre a felicidade depois dos 65 anos. E quanto ao público-alvo? Quais são as reacções? O projecto já foi apresentado em lares, mas grande parte do “feedback” tem chegado a partir das partilhas dos netos e dos filhos. As ideias, e outras sugestões, chegam em catadupa. “Noutro dia, a propósito das legendas que acompanham as imagens, disseram-nos: ‘eu já não vejo assim tão bem, podem aumentar o tamanho?’”

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Happiness is reading a classic Aka Corleone
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