Silicon Savana, a cidade tecnológica que o Quénia vai construir até 2033

A cidade tecnológica vai ficar a 60 quilómetros de Nairobi e vai custar 6,8 mil milhões de euros

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kate.gardiner/Flickr

O Presidente do Quénia lançou na quarta-feira um projecto de 6,8 mil milhões de euros para construir uma cidade tecnológica a 60 quilómetros de Nairobi que já é chamada de “Silicon Savana” de África.

“Espera-se que estimule investimento e comércio maciço e que crie milhares de oportunidades de emprego para jovens quenianos no sector das tecnologias de informação e comunicação”, disse o Presidente queniano, Mwai Kibaki, na cerimónia de lançamento.

A Cidade Tecnológica de Konza levará 20 anos a construir e deverá criar mais de 20 mil empregos nas tecnologias de informação até 2015 e 200 mil até 2030.

Incluído na ambiciosa iniciativa governamental “Visão 2030”, que visa criar uma nação globalmente competitiva e próspera com elevada qualidade de vida nos próximos 18 anos, o projecto tem o apoio de todos os partidos políticos do país.

Projecto inclui uma universidade

O Governo estará a tentar aproveitar o número crescente de especialistas em desenvolvimento de software no país, que tem 18 milhões de utilizadores da Internet e ligações de banda larga mais rápidas do que a África do Sul, o país mais rico do continente.

No lançamento do projecto, o presidente apelou aos investidores nacionais e estrangeiros para que aproveitem as “tremendas oportunidades” de Konza e o site sobre o projecto indica que a cidade quer atrair negócios como ‘outsourcing’, desenvolvimento de ‘software’, centros de dados, "call centres", entre outros.

Mwai Kibaki sublinhou que o enorme desenvolvimento que se espera na cidade e arredores irá redefinir o modelo de povoamento humano e transformar as atividades económicas da região.

O local onde será construída a cidade, de dois mil hectares, era um rancho a sudeste de Nairobi, a caminho da cidade portuária de Mombaça, mas desde que o plano foi anunciado, após as eleições do ano passado, os preços dos terrenos na zona aumentaram exponencialmente.

Na cidade vai ser construída uma universidade focada em investigação e tecnologia, assim como hotéis, áreas residenciais, escolas e hospitais.

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