Passos Coelho: “Ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem”

"A emigração, quando ocorre de forma mais massiva, expressa uma situação de défice e de ´não solução' interna na economia que a origina", disse o primeiro-ministro

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Hugo Correia/Reuters

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, em Paris, que "ninguém aconselhou os portugueses a emigrarem", considerando, no entanto, que a emigração não deve ser um "estigma" para quem precisa de um emprego e não consegue encontrá-lo em Portugal.

A falar aos jornalistas no consulado-geral de Portugal em Paris, no fim de uma visita de trabalho a França, Pedro Passos Coelho esclareceu que "ninguém", no Governo, "aconselhou os portugueses a emigrarem".

"A emigração, quando ocorre de forma mais massiva, expressa uma situação de défice e de ´não solução' interna na economia que a origina", afirmou, lembrando que Portugal vive "um tempo de recessão económica", e que isso significa que muitos portugueses não encontram no seu país "as oportunidades de realização profissional e de emprego de que dependem também para poder satisfazer as suas responsabilidades familiares".

Neste contexto, acrescentou, e embora o executivo esteja "a trabalhar para que a situação possa ficar ultrapassada", o Governo entende que deve prestar a quem decide sair "todo o apoio possível", e que a busca de oportunidades além-fronteiras não deve ser "um estigma".

Minutos antes, a falar para elementos da comunidade portuguesa em França, o primeiro-ministro expressou o seu "apreço" pela forma como estes portugueses "conseguiram, ao longo dos anos, e com o seu mérito, conquistar uma posição de prestígio e de reconhecimento na sociedade francesa".

Pedro Passos Coelho realizou hoje a sua primeira visita de trabalho a França. O primeiro-ministro teve um pequeno-almoço de trabalho com o seu homólogo francês, Jean-Marc Ayrault, e esteve depois reunido com o Presidente francês, François Hollande.

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