Abertas as candidaturas para mediadores interculturais

As autarquias locais devem assumir o papel de líderes de parceria

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Rosa Monteiro é secretária de Estado da Igualdade Nuno Ferreira Santos

Estão abertas as candidaturas a mediadores municipais e interculturais, revelou a secretária de Estado da Igualdade, Rosa Monteiro. Até 14 de Junho, as autarquias interessadas em ter facilitadores da integração das comunidades migrantes ou ciganas, de preferência estas últimas, devem encontrar parceiros, definir necessidades e entregar candidaturas. A equipa terá de fazer a ponte entre estudantes, escolas e famílias, para combater o insucesso, o absentismo e o abandono escolar, sobretudo entre as raparigas.

Rosa Monteiro conhece mediadores socioculturais que vivem há anos nas intermitências dos contratos temporários. Alguns estavam à sua frente, na Academia Política das Comunidades Ciganas, que este fim-de-semana decorreu em Torres Vedras. “Não têm tido oportunidade de emprego efectivo nas autarquias e este trabalho é fundamental a nível de educação, mas também para a integração no geral”, comentou. Pelo menos para já, continuarão a não ser efectivos. O programa funcionará três anos.

A Estratégia Nacional para a Integração das Comunidades Ciganas está a ser revista. “Espero que seja uma coisa ambiciosa e com medidas muito concertas”, diz. As realidades são muito diversas. “Estamos neste momento a desenhar modelos para planos municipais ou intermunicipais. Espero avançar com isso dentro de pouco tempo”, acrescentou, lembrando que a candidatura à União Europeia está aprovada.

No concurso agora aberto, no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego do Portugal 2020, as autarquias locais devem assumir o papel de líderes de parceria. A dotação financeira indicativa é de três milhões e quinhentos mil euros. A comparticipação pública da despesa elegível deverá repartir-se pelo Fundo Social Europeu (85%) e pela contribuição pública nacional (15%).

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