Grupo LeYa cria Escrytos, uma plataforma que facilita a autopublicação

Para publicar um livro electrónico através da Escrytos basta o autor registar-se no site e seguir as instruções, que lhe facilitarão todos os passos

O grupo editorial LeYa apresentou a plataforma digital "escrytos" que permite a qualquer falante de língua portuguesa a publicação e venda da respectiva obra, quer seja ensaio, ficção ou poesia.

A plataforma entra hoje, dia 11, em funcionamento, disponibilizando gratuitamente um conjunto de serviços e ferramentas que permite a autopublicação. Paralemente, o utilizador pode escolher, mas pagando, várias outras ferramentas como revisão de texto ou um parecer editorial, antes da publicação.

A plataforma foi apresentada pelo presidente executivo do grupo, Isaías Gomes Teixeira, que a definiu como de “utilização simples e directa, bastando saber ler e seguir todos os passos”.

Para publicar um “eBook”, livro electrónico, através da Escrytos, basta o autor registar-se no site e “seguir as instruções, que lhe facilitarão todos os passos, incluindo a obtenção do ISBN (International Standard Book Number), e a possibilidade de converter o ficheiro ‘word’ no publicável formato ePuB”, explicou Pedro Pereira da Silva, director-coordenador comercial e de marketing da LeYa.

O autor pode ainda “desenhar” a capa, escolhendo a partir de mais de oito mil tipologias apresentadas, ou optando por uma imagem sua. Todas as ferramentas “são disponibilizadas de forma simples e gratuita”, disse Pereira da Siva que acrescentou: “não tem de saber de informática, basta ler e seguir os passos”.

O autor recebe 25 por cento

Os autores podem disponibilizar os eBooks a determinado preço ou gratuitamente, esta segunda possibilidade não permite a disponibilização do original nas plataformas de venda com a LeYa tem acordo. O autor receberá 25 por cento do preço final, disse Isaías Teixeira.

A plataforma Escrytos disponibiliza também um “conjunto de serviços que podem aprimorar o original, como pedir antecipadamente um parecer editorial, a revisão de texto, a possibilidade de criar um vídeo promocional do livro e um comunicado para a imprensa, disse Isaías Teixeira. Todos estes “serviços que são uma mais-valia e têm um custo que o utilizador fica a saber na hora”, acrescentou, dando como exemplo: “X horas de revisão custam Y, e pode ir-se pedindo conforme o livro evolui, não ultrapassando os 500 euros”.

Teses de mestrado e doutoramento

Isaías Gomes Teixeira afirmou que pode haver casos que o original seja tão interessante que leve o sector tradicional a interessar-se e publicá-lo em papel. Questionado sobre a possibilidade de os conteúdos dos originais conterem apelos nazis ou terroristas, entre outros, o presidente executivo afirmou: “não há controlo do Grupo LeYa daquilo que se publica, mas há uma despistagem de conteúdos que possam ser inconstitucionais, xenófobos ou até plágios. De qualquer forma a responsabilidade total é do autor”, sublinhou.

O responsável do Grupo LeYa afirmou-se entusiasmado com o projecto e vaticinou que “haverá grande potencial no Brasil”. Por outro lado, “haverá grande procura pelo mundo académico, com a possibilidade de edição de teses de mestrado e doutoramento”. Esta plataforma, sustenta Isaías Teixeira, “poderá viabilizar a publicação de poesia e ensais, áreas com mercados diminutos”. Outra área de interesse para o digital são os fundos de catálogo, isto é obras de interesse que já estão esgotadas e que “significativamente fica mais barato publicar por este meio”.

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