Queres encomendar um “graffiti”? Book a Street Artist

Uma das primeiras encomendas foi feita por um cliente inusual, a Igreja Presbiteriana de Santo André de Lisboa

Foi criada em 2011, mas apenas há dois meses é que a empresa Plugged-in começou a colocar o “graffiti” ao alcance de todos. Como? Através do serviço de encomenda de “graffitis” online chamado Book a Street Artist.

Uma das primeiras encomendas foi feita por um cliente inusual. Nada mais, nada menos que a Igreja Presbiteriana de Santo André de Lisboa, a mais antiga de Portugal continental.

Mário Rueda, um dos fundadores da Plugged-in, referiu ao P3 que a escolha do “graffiti” como uma possível saída de negócio foi feita porque, neste momento, este é “o tipo de arte de rua mais evoluído”.

Com o serviço Book a Street Artist, a Plugged-in pretende funcionar como “uma plataforma online que permita que um cliente que esteja interessado em encomendar um ‘graffiti’ original e único possa contratar um ‘graffiter’”. 

O processo é simples. Apenas tens que entrar em contacto com a empresa, dizer quais as características da parede ou do objecto que gostarias de ver grafitado, as possíveis ideias que tens em termos de design e, por último, quando gostarias que o "graffiti" fosse feito. Quanto aos preços, Mário Rueda explica que “dependem do trabalho”.

Mais do que funcionar com uma mera finalidade comercial, Mário Rueda destaca que, “como os ‘graffiters’ costumam trabalhar de forma individual”, a meta é disponibilizar-lhes também “um espaço onde possam divulgar os seus trabalhos com maior destaque e onde possam estar mais unidos enquanto movimento artístico".

Uma encomenda não esperada

O que nunca passaria pela cabeça de Mário Rueda é que um dia seria contactado por uma igreja para encomendar um "graffiti”. O pedido foi feito por Graham Mcgeoch, pastor da Igreja Presbiteriana de Santo André de Lisboa, que procurava preencher uma parede vazia num jardim junto à igreja com um “graffiti” original.

O “graffiter” escolhido foi o português Tazy. Graham Mcgeoch contou ao P3 que “apenas foi sugerido ao artista algumas passagens bíblicas que ele poderia utilizar como inspiração”. No final, o tema escolhido foi a paz.

O pastor destaca que “a congregação está muito contente com o ‘graffiti’ por ser uma peça de inspiração religiosa que é apresentada de forma diferente”. Quanto à vizinhança, salienta que “as pessoas não ficam indiferentes e fazem questão de parar e apreciar o ‘graffiti’”.

A equipa por detrás do Book a Street Artist é multicultural. Mário Rueda é da Colômbia e Charlotte Specht é alemã. Contudo, acharam que Lisboa seria o local ideal para começar esta ideia de negócio. O próximo passo é conseguir internacionalizar o conceito para outros países como Londres, Berlim, Amesterdão e Barcelona.

Actualmente, a empresa trabalha com seis “graffiters” nacionais e internacionais. Contudo, também oferece outro tipo de serviços de animação que incluem estátuas humanas, músicos diversos e até malabaristas.

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