Tim Burton volta à animação e retoma as memórias da infância

“Frankenweenie” estreia hoje nas salas portuguesas. Realizador continua a sua saga pelo universo da animação e, desta vez, recupera muitas das suas memórias de infância

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Tim Burton realizou mais um filme de animação. Alberto Pizzoli/AFP

Depois da inesperada morte do seu cão, Sparky, o jovem Victor resolve recorrer ao potencial da Ciência para trazê-lo de volta à vida. Estranho? Não. Este é o ponto de partida da história contada por Tim Burton em “Frankenweenie”, o seu novo filme de animação, que estreia hoje em Portugal. 

Para trazer esta história ao “grande ecrã”, o realizador recorreu às tecnologias “stop-motion” e ao “3D”. Para além disso, o filme está no formato preto-e-branco. Em entrevista ao site “I Am Rogue”, o realizador garantiu que este último aspecto era fundamental. “Se me tivessem proposto a realização deste filme a cores, teria recusado”, garante. Segundo o cineasta, essa característica "torna o filme mais emocional".

Na mesma entrevista, Tim Burton afirma que muitas das suas memórias de infância estão presentes no filme, inclusivamente, as memórias relacionadas com o seu cão. “Embora o meu cão não se parecesse com Sparky, os sentimentos e o sentido de companheirismo que eu tinha, em relação a ele, estiveram na base de todo este projecto”, garante.

Esta produção tem, por base, uma curta-metragem que, apesar de ter o mesmo nome, não era de animação, e que foi produzida para a Disney, em 1984.

Tom Charity, numa análise ao filme, para a CNN, afirmou que este é, nos últimos anos, dos “mais agradáveis filmes do realizador”. O crítico acrescenta que, nesta produção, “não é difícil encontrar a assinatura do autor”. Por outro lado, Anthony Oliver Scott, num texto publicado no "NY Times", considera o filme “divertido”, mas “nem de perto suficientemente estranho ou original para figurar entre alguns dos clássicos que o seu autor invoca”.

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