Amazónia: Brasil cria força especial contra a desflorestação

Em Agosto, a desflorestação afectou uma superfície de 522 quilómetros quadrados, ou seja, um aumento de 220% em relação a Agosto de 2011

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Em 2011, o abate de árvores atingiu uma superfície de 6418 quilómetros quadrados

O Governo brasileiro anunciou nesta quarta-feira a criação de uma força especial de segurança ambiental, com o apoio do Exército, contra a desflorestação clandestina na Amazónia, que aumentou 220% em Agosto, em relação ao mesmo período de 2011.

Esta nova força de segurança vai vigiar a Amazónia de forma “permanente e consequente”, salientou a ministra do Ambiente Izabella Teixeira, em comunicado. Actualmente, as operações concentram-se durante a estação seca, época em que os abates aumentam. 

As novas operações de luta contra a desflorestação terão o apoio do Exército, da polícia federal e do Instituto do Ambiente (Ibama), que tem a sua própria polícia. “O delito ecológico está em vias de se tornar mais sofisticado. Para o combater devemos modernizar o nosso sistema de vigilância”, declarou a ministra. 

522 quilómetros quadrados

Em Agosto, a desflorestação afectou uma superfície de 522 quilómetros quadrados, ou seja, um aumento de 220% em relação a Agosto de 2011, segundo os números oficiais. Em Setembro, a desflorestação recuou para os 282 quilómetros quadrados, mas continua superior ao mesmo período de 2011. 

A seca, a pressão dos preços internacionais das matérias-primas – sobretudo da soja – e a ocupação das terras na margem da estrada trans-amazónica BR 163 foram os factores que contribuíram para o aumento da devastação da floresta da Amazónia, segundo as explicações do Ministério do Ambiente. 

O Brasil comprometeu-se a travar a destruição da maior floresta virgem do planeta. Em 2011, o abate de árvores atingiu uma superfície de 6418 quilómetros quadrados, o nível mais baixo, depois de um pico de 27.000 quilómetros quadrados registado em 2004.

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