Hong Kong: Porto Fino será uma "montra de produtos portugueses"

Projecto tem por base a alimentação mediterrânica e vai ser uma "montra de produtos portugueses". Abre em Hong Kong na primeira semana de Setembro. Jacarta é o próximo destino

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Banguecoque (Tailândia) e Xangai (China) são outros destinos pensados para o negócio DRDR

Um restaurante e uma loja especializados em produtos mediterrânicos com oferta maioritariamente portuguesa vão abrir em Hong Kong na primeira semana de Setembro, num investimento 100 por cento português, disse à agência Lusa o empresário Filipe Gonçalves.

Designado “Porto Fino - Mediterranean Kitchen & Deli”, o espaço é um investimento de uma empresa do grupo Linka World, estabelecido na antiga colónia inglesa desde 2005 e com actividade no comércio, distribuição e serviços. “O que nos levou a investir neste projecto é o orgulho em ser português e tentar mostrar um conceito diferente, porque o mercado em Hong Kong está propício ao consumo”, afirmou o empresário Filipe Gonçalves.

Segundo o responsável, o investimento de 415 mil euros é justificado pelo dinamismo do mercado da antiga colónia britânica, onde “há uma grande aptidão pelo consumo, ao contrário do que se vê hoje em dia na Europa”. “É um investimento muito grande, que dava para abrir três ou quatro restaurantes em Portugal, mas Hong Kong é uma cidade muito movimentada, onde as pessoas fazem fila para entrar nas lojas de luxo”, disse.

O projecto tem por base um conceito de restaurante e loja de produtos mediterrânicos, em que “80 por cento é de origem portuguesa e os restantes 20 por cento são italianos, espanhóis e gregos”, explicou.

Café e pastel de nata para distribuir

O objectivo, segundo defendeu, é usar o espaço como “montra de produtos portugueses”, com base em contactos já estabelecidos com marcas nacionais, estando em preparação uma plataforma de venda ‘online’ para distribuir os produtos para lojas, bares e restaurantes de Hong Kong e, mais tarde, para outros mercados na Ásia”. “Vamos vender o bacalhau, o vinho, as azeitonas, o pastel de nata, o frango de churrasco, e a partir das nove da noite, as pessoas vão jantar na loja, entre o presunto, o queijo e a esparguete”, descreveu.

Filipe Gonçalves explicou que estão previstas acções de "marketing" directo nas ruas, incluindo a distribuição de “café e pastel de nata” em quiosques instalados nos centros comerciais das zonas turísticas e distrito financeiro de Hong Kong.

O projecto está pensado à escala da cidade com cerca de sete milhões de habitantes, contemplando a abertura de cinco restaurantes e lojas ‘gourmets’ em Hong Kong “dentro de um ano”. “Depois da abertura em Caine Road - na primeira semana de Setembro -, estamos interessados em zonas como Discovery Bay, Stanley, Wanchai e Happy Valley”, disse.

Outros destinos asiáticos como Jacarta (Indonésia), Banguecoque (Tailândia) e Xangai (China) estão também previstos no plano de expansão do projecto que, segundo o empresário, assumirá o conceito de "franchising" fora da antiga colónia britânica. “Queremos abrir em Jacarta, possivelmente até ao final do ano”, afirmou.

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