Design em grande com cadeiras em miniatura

No número 27 A da Avenida Conselheiro Fernando de Sousa, em Lisboa, está cerca de uma centena de cadeiras em miniatura dos mais variados criadores

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Carla Rosado

Há cadeiras e cadeiras e algumas deram trabalho e reconhecimento a artistas como Marcel Breuer, Corbusier ou Vernon Panton. Entre 1800 e 1990, a loja A linha da vizinha, em Campolide, Lisboa, propõe uma viagem pelas quase 100 miniaturas mais icónicas deste objecto de mobiliário.

Quem entra no número 27 A da Avenida Conselheiro Fernando de Sousa, em Lisboa, depara-se com cerca de uma centena de cadeiras em miniatura dos mais variados criadores. Na loja A linha da vizinha espera-nos a exposição “As dimensões do Design” e quase dois séculos de História, contada à escala 1:6, através de um dos objectos mais representativos do mobiliário.

“Qualquer curioso em design ou arquitectura pode ver num espaço concentrado a evolução do mobiliário através de uma coleção bastante vasta”, resume Pedro Carvalho, um dos sócios fundadores d’A linha da vizinha que aceitou o convite do Vitra Design Museum para organizar a iniciativa a partir da Colecção de Miniaturas de Cadeiras, criada em 1992.

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A Linha da Vizinha

Pela primeira vez em Lisboa

Esta é a primeira vez que a exposição está na capital portuguesa, onde ficará até 30 de Junho. “Tem corrido os países mais importantes um pouco por todo o mundo”, afirma Pedro que acrescenta que as cadeiras já passaram pelo Brasil, Itália, França, entre outros.

A Hill House de costas altas de Charles Makintosh, de 1904, a famosa chaise longue que Corbusier criou em 1929 ou a nova utilização que, em 1972, Frank Ghery atribuiu ao cartão são algumas das miniaturas que os visitantes podem encontrar nos dois pisos da loja. Nas paredes, imagens acompanham a evolução dos protótipos do primeiro esquisso ao produto final.

Um ambiente saudável e equilibrado

Além de atrair a atenção do público em geral, o objectivo da exposição é dar a conhecer a evolução do mobiliário aos jovens designers e arquitectos. “E alertar para a necessidade de um design mais consistente, porque, actualmente, estamos tão inundados de informação que a moda passa rapidamente”, conta Pedro.

Em relação ao design das cadeiras, o sócio d’A linha da vizinha destaca a importância de um ambiente confortável para o equilíbrio psicológico. “Conseguimos ter um ambiente mais saudável e feliz com uma casa equipada com boas peças, poupando algum dinheiro em psiquiatras”, afirma. “Porque nem sempre nos apercebemos da quantidade de má informação que nos rodeia”, concretiza.

Além das miniaturas das cadeiras, algumas peças originais estão expostas no MUDE (Museu do Design e da Moda). A 30 de Junho, o último dia da exposição, pelas 17h00, será sorteada entre os visitantes a réplica de uma das miniaturas disponíveis n’ A loja da vizinha. Se ficou interessado, apresse-se, pois, tendo em conta os desafios logísticos, “será muito difícil ver a exposição novamente em Lisboa nos próximos anos”, alerta Pedro Carvalho.

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