Hostels do Porto praticamente esgotados no Primavera Sound

O festival de música "devia acontecer todos os fins-de-semana", segundo alguns proprietários de hostels da cidade do Porto

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O Primavera devia acontecer todos os fins-de-semana Paulo Pimenta

O sector do turismo acredita que o Optimus Primavera Sound vai ter um impacto significativo na ocupação, por ser um evento que devia ser “todos os fins de semana”, disseram à Lusa vários elementos da área.

O Porto é um destino onde se nota uma “falha clara naquilo que são os grandes eventos, [ao contrário do que] acontece na maioria dos destinos internacionais”, disse à Lusa o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, acrescentando que o Primavera é um acontecimento “claramente positivo” que deixa o sector “extremamente satisfeito”.

Por seu lado, os hostels do Porto, cidade que registou nos últimos cinco anos um aumento de um para 26 unidades hoteleiras do género, estão praticamente esgotados no fim-de-semana do festival Optimus Primavera Sound e as reservas começaram a ser feitas há um mês e até há dois. “Estamos completos no fim-de-semana de 9 e 10 de Junho desde há um mês e a maioria dos clientes que nos contactaram via correio eletrónico referiram que vinham para o Primavera Sound”, disse à Lusa Joana Dixo, proprietária do Dixo’s Oporto Hostel e ex-responsável pela Associação de Hostels no Norte de Portugal.

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Já quase não há camas vazias nos hostels nos dias do festival Nelson Garrido

O presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT), Rodrigo Pinto Barros, lembrou o exemplo do concerto dos Coldplay, que preencheu a hotelaria da cidade e cercanias, e explicou que o facto de ser mais de um dia obriga a um recurso aos hotéis, mas é também um ponto positivo para a restauração.

Para Joana Dixo, o Optimus Primavera Sound devia acontecer “todos os fins-de-semana, porque quando não há eventos a taxa de ocupação desce, como no fim-de-semana que está à porta e tem reservas apenas na ordem dos 50 por cento”.

O sócio gerente do Gallery Hostel, Luís Ribeiro, também confirmou à Lusa que aquela unidade hoteleira “está praticamente cheia nos quatro dias de Optimus Primavera Sound” e adianta que as reservas feitas já “há dois meses” estão relacionadas com o festival, mas também com o feriado de 7 de Junho. Rodrigo Pinto Barros salientou o facto de o público do Primavera ser diferente dos restantes festivais de música e declarou que é um evento que vai ser um “bom oxigénio para a hotelaria da cidade, uma vez que, nestes momentos mais de crise, são eventos como este que dão ar ao sector”.

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