Arábia Saudita está a recrutar enfermeiras portuguesas

Há cada vez mais ocidentais a trabalhar em hospitais no Médio Oriente. Salários a rondar os 3200 euros e muitas regalias superam diferenças culturais acentuadas

José Goulão/ Flickr
Fotogaleria
José Goulão/ Flickr
Os contratos são de um ou dois anos, renováveis por mútuo acordo HakanT/ Flickr
Fotogaleria
Os contratos são de um ou dois anos, renováveis por mútuo acordo HakanT/ Flickr

As acentuadas diferenças culturais podem ser um entrave à entrada nos países do Médio Oriente, mas há cada vez mais portugueses a arriscar. A Professional Connections, empresa internacional de recrutamento na área da saúde, está esta semana em Portugal em busca de enfermeiras para trabalhar na Arábia Saudita.

Desta vez, a oferta destina-se apenas a mulheres – na Arábia Saudita um homem não pode estar com uma mulher ou criança se não for da família, e daí a necessidade de contratação de mulheres. Dois anos de experiência mínima é o requisito principal e os interessados devem enviar email para nurses@profco.com com o nome, data em que se licenciou e um resumo da experiência de trabalho.

As enfermeiras agora recrutadas (7, 8 e 10 de Maio em Lisboa; 10 de Maio no Porto) devem iniciar o trabalho entre Outubro de 2012 e Janeiro de 2013. Os contratos são de um ou dois anos, renováveis por mútuo acordo e com um bónus de um mês de salário, cujo valor varia conforme os hospitais e o posto ocupado, mas ronda os 3200 euros livres de impostos.

Alojamento, água, electricidade, transportes, seguro de saúde, 54 dias de férias para gozar a partir do quarto mês e dois voos gratuitos fazem parte do pacote salarial, que se detina apenas a uma só pessoa, ou seja, mesmo mulheres casadas não podem levar a família para o país. 

Médio Oriente: região apelativa

As ofertas para a Arábia Saudita destinam-se ao King Faisal Specialist Hospital and Research Center (terceiro maior hospital de referência no Médio Oriente) e Centros de Investigação em Riad e Jeddah; e King Abdulaziz Nacional Hospitais da Guarda, em Riad, Jeddah e três outros locais. 

Os enfermeiros portugueses começaram a chegar em maior número ao Médio Oriente há cerca de dois anos - numa altura em que o mercado nacional começou a mostrar sinais de alguns problemas -, aliciados por uma região financeiramente muito apelativa. O processo na Professional Connections tem alguns custos: exame médico para obter o visto (cerca de 300 euros), tradução de documentos para inglês, registo criminal e visto (pago pela agência). 

Na Arábia Saudita, onde 60% da população tem menos de 25 anos, a língua de trabalho dos hospitais é o inglês. A Professional Connections faz recrutamento de enfermeiros também para o Reino Unido, Austrália e Irlanda.

Sugerir correcção
Comentar