Design: Inês e Gonçalo fazem o teu boneco por encomenda

Os monstrinhos que eles criam não vieram dos pesadelos de infância nem estão debaixo da cama. Chamam-se (IM)PERFEITOS, são bonecos, e saem das mãos desta dupla criativa, também conhecida como INELO

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São dois designers gráficos. São um casal. Trabalham para outras agências de design de comunicação, mas acharam que “fazia todo o sentido” terem algo deles. Chamam-lhe “um extravasar de criatividade e experiências” e nós passamos, agora, a conhecer esse devaneio como um monstrinho (IM)PERFEITO.

Juntaram o seu amor à máquina de costura lá de casa e deram vida e forma “a um monstrinho ilustrado”, explicou ao P3 a dulpa. Inserem estes bonecos no artesanato urbano e defendem que se vivemos “num país com uma história tão rica e tradições tão fortes, porque não pegar nelas e dar-lhes uma nova vida, tendo em conta as novas ferramentas que possuímos?”.

Estes monstrinhos têm olhos de botões e vestem tecidos com cores, texturas e padrões distintos. São edições limitadas, que se adaptam à identidade de cada um de nós, e podem ser adquiridos por encomenda online. As características de cada pessoa que quer um (IM)PERFEITO seu, sejam elas psicológicas ou físicas, fazem de cada um destes bonecos uma criação única e pensada de forma particular. Os criadores INELO consideram que “uma peça trabalhada manualmente tem muita mais alma do que algo estandardizado”, portanto cada (IM)PERFEITO é portador de “ um afecto muito especial”e existirão para venda “até quando toda a gente tiver o seu”.

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Casal, casal, costura à parte

O Gonçalo não se aventura com a máquina de costura, portanto a Inês trata dessa parte, que é a fase final de uma criação que dura entre três a quatro dias, desde o pedido até ao envio do boneco. De resto, o ”processo é um pouco orgânico, não existem regras definidas” e fazem os dois “um pouco de tudo”. O ditado “casa de ferreiro, espeto de pau” tem aqui a sua aplicação. Ainda não têm um casalinho de monstrinhos seus, mas assumem-se orgulhosos deste projecto: “Felizmente, podemos gabar-nos que queríamos fazer uma coisa e que, sim, estamos a fazê-la ”.

Alguns vivem na Fabrica Features, no Chiado em Lisboa, porque este casal acredita que “a Internet é muito boa, mas ainda não tem capacidade para substituir o ver ao vivo as coisas”, além de dar credibilidade ao projecto, uma vez que é incubadora deste tipo de trabalhos.

A quem, como eles, surgiu uma ideia, aconselham a correr o risco e, “se gostam mesmo e acham que o projecto que têm na cabeça seria uma mais-valia, porquê deixá-lo na gaveta?”

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