Out In Sid'Art: design, moda, artes plásticas e muito mais

A Out In Sid'Art vai juntar em Braga, numa só exposição, dez artistas de áreas distintas mas que se interligam de uma ou de outra forma (que nos cabe a nós desvendar)

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A Out In Sid’Art vai juntar em Braga, numa só exposição, dez artistas de áreas distintas, mas que se interligam de uma ou de outra forma — e que nos cabe a nós desvendar. O cenário é a Casa dos Coimbras, de 19 a 22 de Abril.

A Casa dos Coimbras, em Braga, Capital Europeia da Juventude de 2012, vai estar embrulhada em criatividade. A ideia da Out In Sid’Art teve-a Margarida Direito que se diz insatisfeita com a falta de estratégias existentes para nos fazer a nós, enquanto indivíduos, viver e comunicar com a arte. Como uma insatisfação só se esvanece quando lhe é feita a vontade, formou-se um conjunto de intervenientes que percorrem áreas tão diversas como o design de mobiliário, as jóias, a moda, a fotografia e as artes plásticas.

A Out In Sid’Art traz à luz alguns nomes ligados a formas artísticas menos focadas em Portugal, mas que têm impacto internacional. É o caso da Tusse – Exceptional Art&Design que “tem sido referida internacionalmente como uma marca de referência, com obras únicas de edição limitada”, de Marco Cruz e de Renato Cunha, o primeiro joalheiro com “14 lojas nas principais cidades do mundo” e o segundo "hairdesigner".

Poderemos, igualmente, encontrar as fotografias de Fred Gomes ou os trabalhos dos estilistas Ricardo Dourado e Katty Xiomara, entre outros. Na tela do cinema, o som, a imagem, a dinâmica dos corpos e o diálogo das personagens fundem-se numa perfeita harmonia que nos faz sentido. Nesta exposição, não é diferente o que não significa que a subtilidade intrínseca à palavra harmonia não provoque arritmias no pensamento.

Observar, procurar e questionar

Margarida conta que os diferentes trabalhos serão mostrados de maneira a que se interliguem e se cruzem, em jeito de conversa entre eles e com o próprio observador que é levado a formar conceitos, a “observar, a procurar e a questionar”. Para que isto aconteça, a instalação vai estar estruturada em quatro salas e os corredores que comunicam entre elas.

Tudo será feito numa lógica de relação bilateral entre o corpo posicionado no espaço relativamente ao objecto exposto, como nos deixa a saber a organizadora. "Vivemos uma época de grandes perguntas e de ausência de respostas”. A solução: "Somos nós, ainda somos nós”, reforça.

Para além da exposição, há muitas actividades para dinamizar o evento, como conferências, sessões fotográficas e tertúlias com motes que vão de encontro a contextos reais, actuais e por nós comentados com frequência, como é o caso da crise financeira. Na preparação da exibição, a responsável teve em conta a situação do país e salienta que “a criatividade é mais do que uma ferramenta para o crescimento económico, é um activo importante”.

“Os criativos e as indústrias criativas fazem evoluir a economia porque inventam novos conceitos, produtos, tendências de consumo e abrem mercados”. Só que é preciso mostrá-los, é preciso divulgá-los, assimilá-los.

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