Rosa Couto: design versátil, simples e barato

Recém-licenciada em design industrial, Rosa Couto de 21 anos criou a linha Shelf Life. O projecto permite a construção de sete peças de mobiliário com os mesmos materiais

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Rosa Couto

Secretária, mesa de refeição, sofá individual, sofá, estante e duas mesas de centro. São estes os resultados da combinação das peças idealizadas por Rosa Couto, de 21 anos. A jovem de Santa Maria da Feira concebeu o Shelf Life a “pensar na juventude”, em particular naqueles que não têm muito dinheiro e “procuram casa para iniciar uma vida independente”.

 

O "kit" completo ascende a 590 euros, enquanto a peça individual fica por 35. Para já, a venda é feita "online", através do Facebook. As peças são fabricadas em MDF, um material resistente, e o sucesso do Shelf Life leva a designer a pensar numa sequela. “Queria avançar para o mobiliário de quarto, produtos de maior dimensão”, conta ao P3.

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Em 2011, Rosa viu o Shelf Life ser considerado o melhor projecto de curso quando frequentava a Escola Superior de Estudos Industriais e Gestão (ESEIG), uma distinção atribuída em parceria com a empresa Viarco.

 

“Sempre tive interesse pela área criativa”

Para a execução do trabalho, Rosa Couto contou com a ajuda dos professores — entre os quais o designer Rui Alves — e, ao nível do financiamento, com o apoio de um carpinteiro seu conhecido. Pretende agora recorrer à plataforma de "crowdfunding" Massivemov – uma forma de financiamento colectivo "online" —, de forma a conseguir comercializar o produto, e criar um site que possibilite a sua divulgação a larga escala.

 

Apesar de o interesse pelo mobiliário não ser novo, a jovem designer, que trabalha como animadora de eventos há 2 anos, revela que o interesse pela hotelaria a fez hesitar na escolha do curso, mas a predilecção pelo design industrial falou mais alto. “Sempre tive muito interesse pela área criativa”.

 

Rosa Couto manifesta a vontade de se associar a “uma marca portuguesa ou designer que queira colaborar com o Shelf Life para um edição limitada” e, no futuro, gostaria de explorar a área da cerâmica e do plástico para decoração.

 

Notícia corrigida às 18h24 Foi alterada a sigla do material referido no segundo parágrafo — o correcto é MDF e não MDS.

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