40% dos jovens até aos 34 anos ganha menos de 600 euros

Dados do INE revelam que dos “248,5 mil jovens até aos 24 anos mais de de 66% receberam menos de 600 euros mensais”

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O Impulso Jovem foi elaborado pelo Governo, mas na sequência de uma iniciativa de Durão Barroso Paulo Pimenta

Não chega a 600 euros o salário auferido por cerca de 40% dos jovens portugueses com idades até os 34 anos. O reduzido nível salarial da juventude nacional é confirmado pelos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo a manchete desta sexta-feira do jornal PÚBLICO.

Os dados avançados pelo diário referem, com base nas declarações prestadas pelos jovens ao INE, que dos “248,5 mil jovens até aos 24 anos mais de de 66% receberam menos de 600 euros mensais”. E que 27% auferiu montantes mensais entre os 600 e os 900 euros.

Além de confrontada com baixos salários, a juventude portuguesa é fortemente penalizada por uma conjuntura económica desfavorável ao emprego, a ponto de elevar a taxa de desemprego entre os jovens até aos 35,4 por cento. Esta é, de resto, uma preocupação que extravasa quaisquer fronteiras, uma vez que também está presente em outros países europeus.

Ainda esta semana, o Parlamento Europeu questionou a Comissão Europeia sobre os progressos registados por oito países europeus – entre os quais Portugal – neste capítulo do combate ao desemprego jovem.

O reforço de medidas de combate ao desemprego entre os mais novos, proposto pelo presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, foi aprovado pela Comissão de Emprego do Parlamento Europeu.

O programa português de combate ao desemprego jovem prevê um investimento de 350 milhões de euros por intermédio da reorientação de fundos comunitários, prevendo o Governo abranger com a iniciativa cerca de 77 mil jovens. O plano estratégico Impulso Jovem foi elaborado pelo Governo, mas na sequência de uma iniciativa de Durão Barroso.

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