Brinquedos: se forem de plástico, os EUA compram… e muito

Compram quase metade dos brinquedos produzidos no mundo e preferem gastar dinheiro neles a empregá-lo em material escolar

Parte da infografia, que revela o poder da Barbie na Mattel DR
Fotogaleria
Parte da infografia, que revela o poder da Barbie na Mattel DR
English Girl Abroad/Flick
Fotogaleria
English Girl Abroad/Flick
Parte da infografia, que mostra quais são as principais armas da Hasbro DR
Fotogaleria
Parte da infografia, que mostra quais são as principais armas da Hasbro DR

Até que não existe nenhum problema em comprar, de vez em quando, um brinquedo ou outro para as crianças lá em casa (ou que os coleccionadores – que costumam ser maiores e vacinados – percam a cabeça, de vez em quando, e comprem a última série de figuras de acção). Pois, “de vez em quando”…

O problema é que, pelos dados presentes numa infografia montada pelo site Frugal Dad (especializado em aconselhamento financeiro para famílias), os norte-americanos não parecem ser assim tão comedidos, pelo menos no que diz respeito às despesas em brinquedos.

Segundo a infografia, a indústria dos brinquedos dos EUA está avaliada em cerca de 16 mil milhões de euros (26,8% do mercado de brinquedos do mundo), o que, só por si, supera o valor somado das indústrias da música e do cinema. Se isso não bastasse, os dados apontam para um aumento deste império, já que, durante o pico da recessão económica nos EUA (2009-10), a indústria cresceu 2%.

O que muitos considerarão alarmante é a conclusão de que, em 2009, os americanos gastaram, em média, 280 dólares (212 euros) por criança, em brinquedos, e que, no mesmo ano, dois em três americanos gastaram menos de 250 dólares (190 euros) por criança, em material escolar. Apesar disso, em 2010, os mesmos dois em três americanos não planeavam mudar os seus orçamentos para brinquedos.

Mattel e Hasbro, os gigantes

Outro dado curioso tem a ver com o facto de os EUA terem menos de 4% das crianças do mundo, mas ainda assim comprarem quase metade (40%) dos brinquedos existentes no planeta.

Por exemplo, os tais 280 dólares gastos por uma criança norte-americana representam 14 vezes mais aquilo que os pais das crianças chinesas despendem em brinquedos. Ironicamente, a infografia realça que quatro em cinco brinquedos comprados pelos americanos são “made in China”.

Apesar de tudo, as maiores empresas do ramo continuam a ser dos EUA. Em número um está a Mattel, com receitas, em 2010, a atingirem os 5,85 mil milhões de dólares (mais de 4,4 mil milhões de euros). Algumas das suas principais bandeiras são os carros “Hot Wheels”, as figuras de “Masters of the Universe” e as bonecas da Barbie.

Só a Barbie contribuiu, com as suas vendas, com (imagine-se!) mais de metade dos lucros de 2010: 3,3 mil milhões de dólares, para se ser preciso. Já a Hasbro – a segunda maior empresa de brinquedos – conseguiu, no mesmo ano, 4,4 mil milhões (3,3 mil milhões de euros) de receitas, na sua maioria provenientes das vendas de figuras de “Transformers”, “G.I. Joe”, “Marvel” e “Star Wars”.

“A recessão afectou muitas indústrias (…), mas a indústria dos brinquedos continua a gozar de uma forte actividade”, refere o fim da infografia. De facto, se dos norte-americanos depender, o mercado do entretenimento em forma de plástico não deve sofrer um grande abalo com a crise económica.

Sugerir correcção
Comentar