A Bolsa de Valores Sociais (BVS) em Portugal é uma organização que pretende ajudar instituições de solidariedade social. Sediada na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a BVS portuguesa inspirou-se na Bolsa de Valores do Brasil, criada em 2003, e é já a primeira na Europa e segunda em todo o mundo.

A BVS tem, neste momento, três projectos 100% financiados e doar dinheiro para cada um deles está à distância de um clique. A partir de cinco euros, basta aceder ao site e escolher o projecto que se pretende ajudar, tornando-se assim num "investidor social". Em suma, uma BVS é um "ambiente de criação de valor", explica Celso Grecco, director da BVS em Portugal.

Projectos devem actuar nas causas

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Os projectos são criteriosamente seleccionados, não sendo válido apenas o mérito de cada um. As instituições sociais candidatas devem demonstrar uma “capacidade de actuar nas causas, e não nas consequências”, afirma o responsável, ou seja, ter “metodologias de trabalho capazes de gerar riqueza, interromper ciclos de pobreza e trazer novas soluções para velhos problemas.”

Os custos operacionais da BVS são comportados na sua totalidade pela Euronext Lisbon, Fundação EDP, Fundação Calouste Gulbenkian (co-fundadoras da BVS) e pela Caixa Geral de Depósitos (o Banco Oficial da BVS).

Entre os embaixadores da BVS destacam-se nomes como António Barreto, Francisco Pinto Balsemão, Rui Nabeiro, Vítor Baía, Ruy de Carvalho e Eunice Muñoz.

Algumas destas figuras públicas já fizeram “investimentos de carácter pessoal – outros não”, diz o director da BVS. No entanto, o facto de associarem a sua imagem a esta instituição é já uma forma de apoiar a BVS.

Celso Grecco foi premiado em 2008 com o Prémio Vision Awards pelas mãos do Prémio Nobel da Paz Professor Muhammad Yunus, em Berlim. Também em 2008, foi homenageado na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, pela criação do conceito de Bolsa de Valores Sociais.