Doclisboa conta este ano com 172 filmes de 33 países

Festival abre com “Crazy Horse”, documentário de Frederick Wiseman

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É a primeira vez há um português - Gonçalo Tocha - na competição internacional do festival Miguel Madeira

Cento e 72 documentários de 33 países preenchem a programação do IX Festival Internacional de Cinema de Lisboa, Doclisboa 2011, a decorrer em várias salas da capital de 20 a 30 de Outubro.

Sete filmes estreiam a nível internacional e cinco a nível mundial disse esta quarta-feira a directora do evento, Anna Glogowski, na conferência de imprensa de apresentação do Doclisboa 2011.

A programação desta edição contempla ainda a exibição de 17 primeiras obras, das quais quatro são portuguesas, o que, para a responsável do festival, é de fundamental importância já que qualquer festival de cinema deve "incentivar" a criação.

Gonçalo Tocha representa Portugal

"Crazy Horse", documentário de Frederick Wiseman, abrirá o festival, estando previstos ainda em antestreia nacional os filmes “This is not a film”, sobre a prisão do realizador iraniano Jafar Panahi, e “I wish I knew”, de Jia Zhang-Ke. De referir que dos 13 filmes em competição internacional há uma produção portuguesa: "É na terra, não é na lua", de Gonçalo Tocha.

A edição deste ano do Doclisboa contempla ainda a exibição de um filme surpresa, cujo título não foi revelado, porque sobre o tema do filme pendem questões jurídicas que impedem que seja revelado com antecedência, disse a directora do festival. 

Já o crítico de cinema e programador do Doclisboa Augusto M. Seabra acrescentou apenas tratar-se de "um filme poderosíssimo de um dos grandes documentaristas da actualidade”.

Rouch em retrospectiva

A edição deste ano do Doclisboa integra ainda uma retrospetiva sobre movimentos de libertação em Moçambique, Angola e Guiné-Bissau (1961-1974), uma retrospectiva sobre Jean Rouch, em colaboração com a Cinemateca Portuguesa, e uma retrospetiva sobre o realizador alemão Harun Farocki.

Um simultâneo com o Doclisboa, cujas exibições de filmes decorrem no Cinema S. Jorge, na Culturgest, Cinemateca Portuguesa, no Cinema Londres e no Teatro do Bairro, haverá ainda uma "masterclass" sobre Harun Farocki e uma exposição sobre o realizador alemão, um workshop de realização, um encontro/debate sobre o que é produzir, atividades pedagógicas e uma mostra de documentários da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

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