Pelo menos 30% dos utentes devem ter actividade física avaliada nos centros de saúde

Este ano e no próximo vão ser desenvolvidos projectos-piloto em centros de saúde para consultas de prescrição da actividade física. As unidades de saúde ainda não estão seleccionadas, mas deverão ser entre 10 a 20.

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Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, nesta sexta-feira na apresentação do Plano de Acção Nacional para a Actividade Física Daniel Rocha
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Pelo menos 30% dos utentes dos centros de saúde devem ter a sua actividade física enquanto sinal vital avaliada pelos médicos de família até ao fim deste ano.

O director do Programa Nacional para a Promoção da Actividade Física, Pedro Teixeira, explicou à agência Lusa que o objectivo é fazer da actividade física um sinal vital, garantindo que esta avaliação, já integrada na aplicação informática dos médicos de família, demora "cerca de 30 segundos".

Trata-se de perceber qual o nível de actividade física dos portugueses através de perguntas simples, como foi dito pelo responsável na sessão comemorativa do Dia Mundial da Saúde.

O Programa de Promoção da Actividade Física pretende ainda que se passe desta avaliação para o aconselhamento breve e desenvolveu já guias para a actividade física que os médicos de família ou outros profissionais dos centros de saúde podem passar aos utentes, incluindo por email ou telemóvel.

Aliás, segundo Romeu Mendes, coordenador da comissão intersectorial para a Promoção da Actividade Física, foram já emitidas 4500 guias de actividade física pelos cuidados de saúde primários só entre Janeiro e Fevereiro deste ano.

"Estes são dados antes mesmo de termos feito a divulgação destas guias. Estamos agora a começar a fazer a divulgação junto das administrações regionais de saúde e este número irá crescer", referiu à Lusa.

Este ano e no próximo vão ainda ser desenvolvidos projectos-piloto em centros de saúde para consultas de prescrição da actividade física, uma pretensão que o director do Programa já tinha anunciado.

As unidades de saúde ainda não estão seleccionadas, mas deverão ser entre 10 a 20, sendo que as consultas serão dadas por uma equipa multidisciplinar em que a "dupla chave" será constituída por um médico com pós-graduação em medicina desportiva e um fisiologista do exercício.

Nesta sexta-feira, foi ainda apresentado o "Plano de Acção Nacional para a Actividade Física" que não é um documento com metas ou acções concretas, mas antes um site "onde os portugueses poderão ficar a conhecer iniciativas, projectos, programas e acções promovidas pelas autoridades governamentais, mas também por municípios, empresas, e organizações da sociedade civil".

O objectivo é tentar que os cidadãos saibam o que existe à disposição perto de sua casa para a prática de actividade física, com o objectivo de "pôr Portugal a mexer".

O objectivo é que "sirva de fonte de inspiração para os vários sectores da sociedade desenvolverem programas que visem igualmente promover a actividade física" e para "dinamizar e incentivar a implementação de projectos em áreas menos exploradas como a mobilidade activa, o local de trabalho, ou os cuidados de saúde", segundo os promotores.

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