PSD impõe disciplina de voto a favor da nova lei da paridade

Propostas que reforçam quotas de mulheres nas listas eleitorais são votadas sexta-feira.

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LUSA/MIGUEL A. LOPES

A direcção da bancada do PSD impôs disciplina de voto a favor das propostas do Governo que reforçam a paridade (e a abstenção num projecto do PCP).Vários deputados mostraram-se contra as propostas na reunião da bancada da manhã desta quinta-feira. O ex-líder parlamentar Hugo Soares foi uma das vozes que se levantaram contra a intenção do Governo, apesar de ter defendido a disciplina de voto por não se tratar de uma questão de consciência. 

A indicação do sentido de voto para as propostas que são votadas esta sexta-feira foi dada ao final desta tarde por email aos deputados, depois de na reunião a direcção de Fernando Negrão não ter dado qualquer orientação sobre a posição do partido. Aliás, foi isso mesmo que disse aos jornalistas no final da reunião.

Durante o debate sobre as propostas, esta tarde em plenário, os deputados do PSD avançaram que a posição do partido seria favorável mas com muitas críticas às propostas do Governo que reforçam de 33% para 40% as quotas de mulheres nas listas eleitorais – críticas que foram o reflexo da discussão interna no grupo parlamentar. Ao que o PÚBLICO apurou, Hugo Soares disse ser contra as propostas e outros deputados alegaram até problemas constitucionais nos textos.

A posição favorável da bancada do PSD permitirá viabilizar as propostas na generalidade já que PS e BE votam a favor. O PCP vota contra e o PEV abstém-se. No CDS, há liberdade de voto mas a maioria dos deputados vai votar contra ou abster-se. 

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