Falsa advogada terá burlado recluso em seis mil euros

Homem que cumpria prisão ao fim-de-semana tinha pendentes outras condenações que eram susceptíveis de recurso. Devido à burla acabou por não recorrer.

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GNR consitituiu a suspeita arguida esta quarta-feira. Margarida Basto

Uma mulher de 61 anos que fingiria ser advogada terá burlado um recluso que está a cumprir pena de prisão aos fins-de-semana em seis mil euros, fazendo a vítima acreditar que estava a realizar várias diligências para libertá-lo da cadeia.

O caso foi divulgado esta quinta-feira num comunicado da GNR que precisa que o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento Territorial de Guimarães constituiu a mulher arguida esta quarta-feira. A suspeita, reformada e residente em Vizela, no concelho de Braga, está indiciada pelos crimes de burla, abuso de confiança e procuradoria ilícita.

Segundo o comandante de Destacamento Territorial da Guimarães, tenente André Coutada, o caso foi denunciado em Agosto do ano passado pelo recluso que se queixou ao tribunal de Guimarães de ter sido enganado por uma falsa advogada a quem pagara seis mil euros para o defender em três processos-crime. "O senhor tinha outras condenações pendentes que ainda eram susceptíveis de recurso, mas devido à burla não chegou a recorrer", explicou André Coutada, que adianta que, até agora, só é conhecida esta vítima. 

“A suspeita, que já trabalhou num escritório de advogados, fez-se passar por advogada, lesando um indivíduo em seis mil euros, valor correspondente ao pagamento para a defesa em três processos-crime”, refere a nota da GNR. A mulher terá sido secretária num escritório de advogados, sendo suspeita de usar os conhecimentos obtidos com essa actividade para enganar a vítima. 

A investigação, dirigida pelo Ministério Público de Guimarães, foi delegada na GNR que realizou duas buscas, uma domiciliária e uma numa viatura. As diligências, indica a nota, “permitiram apreender documentos relacionados com os crimes em investigação”. A suspeita foi sujeita à medida de coacção mínima, o simples termo de identidade e residência.

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