Elvira Fortunato ganha bolsa de 3,5 milhões de euros

Financiamento atribuído pelo Conselho Europeu de Investigação.

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Elvira Fortunato DR

A cientista Elvira Fortunato conseguiu um financiamento de 3,5 milhões de euros para instalar um laboratório com o qual espera poder apresentar um trabalho de referência internacional, anunciou esta quarta-feira a investigadora do Departamento de Ciência dos Materiais da Universidade Nova de Lisboa.

Trata-se de uma bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC, na sigla em inglês), com o valor máximo de 3,5 milhões de euros, atribuído pela primeira vez para Portugal, de acordo com a informação divulgada em comunicado.

Licenciada em engenharia física e dos materiais em 1987 e uma das cientistas portuguesas mais premiadas, Elvira Fortunato, que dirige o Centro de Investigação de Materiais do Laboratório Associado i3N, afirma em declarações citadas no comunicado que se trata de “um sonho tornado realidade”, depois de ter submetido, no ano passado, a proposta agora contemplada.

Com o projecto intitulado “Multifunctional Digital Materials Platform for Smart Integrated Applications – DIGISMAT”, propõe-se revolucionar não só a forma como se fabricam os circuitos integrados e componentes de electrónica, sem recurso ao silício e explorando materiais “amigos do ambiente com propriedades excepcionais à nanoescala”, mas também a possibilidade de ter o mesmo dispositivo a desempenhar mais do que uma função. Um dos principais aspectos subjacentes a todo o projecto é a utilização de materiais sustentáveis e “tecnologias amigas do ambiente”.

A ideia, explica a investigadora, não é fazer a integração de vários componentes para uma determinada função, mas sim ter um só dispositivo capaz de desempenhar várias funções: função integrada versus circuito integrado.

Trata-se da segunda subvenção avançada (advanced grant) atribuída a Elvira Fortunato. A primeira foi na primeira edição, em 2008, e teve o valor de 2,5 milhões de euros, com um projecto que permitiu instalar um laboratório de nanofabricação. “Com esta segunda bolsa irá ser instalado um laboratório de nanocaracterização avançada, que esperamos vir também a ser uma referência internacional”, lê-se no comunicado.

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