Menos telefonemas e menos meios de socorro accionados em 2017

INEM diz que no ano passado diminuíram as ocorrências mais graves.

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Paulo Pimenta

Em 2017, ao contrário do que estava a acontecer desde 2012, os Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM atenderam ligeiramente menos chamadas e accionaram menos meios de emergência do que no ano anterior. 

A diminuição foi muito ligeira, pouco mais de 2200 chamadas num total de 1,368 milhões, tal como a redução dos accionamentos de meios de emergência, mas representa, mesmo assim, uma inversão da tendência de aumento de ano para ano que se verificava ao longo dos últimos anos.

No ano passado houve também uma diminuição do recurso a helicópteros e a viaturas médicas de emergência e reanimação (VMER) e um aumento dos accionamentos de ambulâncias de bombeiros e da Cruz Vermelha sem protocolo com o INEM.

A diferença na actividade desenvolvida entre 2016 e o ano passado é “quase inexistente”, menos quatro chamadas por dia, um “número irrisório se considerarmos que as centrais médicas do INEM atendem 3700 chamadas por dia”, argumenta o INEM. "O mesmo acontece em relação aos accionamentos dos meios de emergência: em 2017, o INEM accionou menos 11.126 meios, número inexpressivo se considerarmos que por dia são accionados uma média de 3477”.

Estes números, acrescenta, explicam-se pela diminuição das ocorrências mais graves, às quais foi atribuída "prioridade 1" (que requerem accionamento de meios de suporte avançado de vida como as VMER ou os helicópteros) e ao aumento das ocorrências menos graves ("prioridade 3"), a que respondem ambulâncias de emergência médica ou de socorro, como é o caso das ambulâncias afectas ao INEM e aos bombeiros e Cruz Vermelha. No ano passado houve menos 13.432 ocorrências de prioridade máxima e mais 17.383 de "prioridade 3".

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