PSD promete “propostas inovadoras” para o seu programa de Governo

Conselho Estratégico Nacional do partido tem algumas equipas que já estão a funcionar de forma informal.

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Composição do Conselho Estratégico será anunciada em conferência de imprensa Miguel Manso
David Justino vai presidir ao Conselho Estratégico Nacional do PSD
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David Justino vai presidir ao Conselho Estratégico Nacional do PSD Miguel Manso

Algumas das propostas que vão constar do programa do governo do PSD que será feito pelo Conselho Estratégico Nacional “serão inovadoras” e o partido admite até que possam suscitar alguma polémica, segundo adiantou ao PÚBLICO fonte da direcção de Rui Rio.

O Conselho Estratégico Nacional (CEN), um órgão que o novo presidente do PSD recriou para funcionar como uma espécie de governo-sombra, foi o tema forte da primeira reunião que Rio teve, na quarta-feira à noite, com os presidentes das distritais e que a direcção também quer envolver na iniciativa.

Tanto o presidente do partido, Rui Rio, como o vice-presidente, David Justino, empenharam-se em afastar a ideia de que o papel das distritais poderá ser secundarizado e apontaram o conselho estratégico como “uma oportunidade”. “Isto não é feito contra as distritais, mas para as distritais”, declarou ao PÚBLICO David Justino, que vai presidir ao CEN.

David Justino refere que, desta vez, o futuro programa do Governo do PSD será feito pelo partido, o que “altera completamente a cultura política dominante”.

De acordo com relatos feitos ao PÚBLICO, o encontro com as distritais foi tranquilo e houve “total sintonia” com a direcção do partido em relação ao CEN. “Foi uma reunião de debate, de informação, de interacção e de preparação para o combate político com o actual Governo”, resumiu o deputado e líder da distrital da Guarda, Carlos Peixoto.

O também vice-presidente da bancada social-democrata realçou que “sendo o Conselho Estratégico Nacional constituído por pessoas de reconhecido mérito e valor, só pode acrescentar algo àquilo que se pretende que seja o aconselhamento político do partido de forma a que o futuro programa eleitoral do PSD seja mais sustentado e sólido”.

Carlos Peixoto referiu ainda que esta iniciativa “não dispensa o papel do grupo parlamentar, da Comissão Política Nacional e de todas as estruturas do partido", porque, sublinhou, “trata-se de um trabalho complementar”.

Quanto à observação feita por um dirigente distrital que questionou a direcção pelo facto de a reunião se centrar exclusivamente no novo CNE, deixando de fora a estratégia política do partido, Carlos Peixoto diz que o “caminho se faz caminhando e que jamais a Comissão Política Nacional e o líder do partido descurarão o combate político”.

Maurício Marques, que lidera a distrital de Coimbra, não podia mostrar-se mais satisfeito. O deputado aplaude a escolha do antigo ministro Arlindo Cunha para porta-voz da Agricultura e mostra a sua total disponibilidade para colaborar com o órgão.

“Naquilo a que Coimbra diz respeito vamos colaborar e vamos criar alguns gabinetes estratégicos que depois serão integrados no Conselho Estratégico Nacional”, acrescenta o deputado, adiantando que a sua distrital vai colaborar noutras áreas que não a da Agricultura. “Queremos ter uma participação activa noutras áreas porque Coimbra tem outros pergaminhos”, apontou sem especificar, mas dando a entender que a as universidades e a saúde serão áreas em que a distrital gostaria de intervir.

A equipa que vai integrar o conselho estratégico já está escolhida e há já algumas comissões a funcionar ainda que informalmente. O PSD quer dar solenidade ao anúncio dos porta-vozes e coordenadores que vão fazer o programa eleitoral do partido pelo que os nomes convidados para integrar o CEN serão anunciados brevemente, em conferência de imprensa, na sequência do Conselho Nacional de dia 3 de Abril.

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