Marcelo: Portugal fiel à UE e NATO com "inteligência e lucidez"

Presidente da República não falou directamente sobre o caso Skripal, mas aos militares do Regimento de Infantaria 3, que visitou, deixou uma palavra "sobre o presente" por este "traduzir a constância das grandes linhas da política externa e defesa nacional".

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O Presidente falou aos militares em Estremoz LUSA/NUNO VEIGA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta quarta-feira que Portugal é e quer ser fiel à União Europeia e à Aliança Atlântica e que está atento “aos riscos de hoje”, mas reagindo “com inteligência e lucidez”.

“Somos e queremos ser fiéis à União Europeia, somos e queremos ser fiéis à Aliança Atlântica”, frisou o chefe de Estado, discursando para os militares do Regimento de Cavalaria 3 (RC3) do Exército, em Estremoz (Évora), cuja unidade visitou.

Na sua intervenção, dirigindo-se sempre aos militares e aludindo ao papel das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa quis deixar uma palavra “sobre o presente” no RC3, por este traduzir “a constância das grandes linhas da política externa e de defesa nacional” do país.

Numa altura em que a actualidade é marcada pelo caso “Skripal” e pela expulsão de diplomatas russos de mais de duas dezenas de países, o Presidente da República não prestou declarações aos jornalistas, nem abordou directamente o assunto. Mas, no seu discurso aos militares, disse que o RC3 sabe que “a defesa dos princípios” que regem a afirmação de soberania nacional “é feita com inteligência e reconhecimento, de forma lúcida e racional”.

“E é assim no plano militar, é assim no plano da nossa afirmação externa, sempre atentos aos riscos de hoje, aos riscos do terrorismo, aos riscos da insegurança ou da instabilidade, solidários com todos os que sofrem esses riscos, atentos à condenação do que não pode ser permitido no quadro universal e, mais especificamente, no quadro europeu”, frisou.

Mas, salientou, “reagindo com inteligência e com lucidez e sabendo sempre, como sabem as Forças Armadas, que Portugal e os portugueses todos estão com elas, estão com elas em permanência, que não haja dúvidas alguma”.

“E, quando digo os portugueses, digo os responsáveis designados pelos portugueses. Todos estamos sempre atentos àquilo que é o melhor para as Forças Armadas”, acrescentou

As Forças Armadas, assinalou, “continuam a defender” os “grandes princípios” da “afirmação soberana” do país e da sua “integração em instituições que contribuem para a paz, para a segurança, para o desenvolvimento e para a justiça”.

“E assim acontece e acontecerá sempre e a vossa presença em missões, que se tem sucedido, o vosso estado de prontidão, a vossa disponibilidade no quadro europeu e no quadro da Aliança Atlântica” são “disso prova bastante”, afirmou.

O Chefe de Estado visitou o RC3 acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes para assistir à apresentação das capacidades e meios do Esquadrão de Reconhecimento, em fase ‘stand-by’ para a NATO Response Force (NRF) 2018, composto por 130 militares, apoiados por 49 viaturas.

Marcelo Rebelo de Sousa presenciou ainda uma aula de hipoterapia ministrada a alunos com Necessidades Educativas Especiais da Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Estremoz (CERCIESTREMOZ).

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