Autor confesso de morte de menina luso-descendente começou "a dar explicações"

Maëlys tinha desaparecido em Agosto do ano passado e o seu corpo foi encontrado em Fevereiro deste ano. Lelandais é o principal suspeito de um outro crime de homicídio.

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A menina desapareceu em Agosto, num casamento DR

O autor confesso da morte da menina lusodescendente Maëlys de Araújo, Nordahl Lelandais, começou "a dar explicações" aos juízes de instrução que o interrogam, de acordo com a agência AFP. A France-Presse cita o Ministério Público, que indicou que não vai dar conferência de imprensa no final da audiência.

"Nordahl Lelandais dá as suas explicações. É preciso reservá-las aos pais da vítima e confrontá-las com a investigação", explicou à AFP a procuradoria, precisando que a audiência ainda decorre. Nordahl Lelandais foi presente aos juízes de instrução do tribunal de Grenoble nesta segunda-feira, depois de ter confessado ter matado a luso-descendente Maëlys de Araújo "involuntariamente" e de se ter remetido ao silêncio na audiência de 22 de Fevereiro.

De acordo com o jornal Le Parisien de 15 de Março, as autoridades recolheram mais uma prova da presença da menina de nove anos na residência da família de Lelandais, em Domessin, a pouco mais de 70 quilómetros de Lyon, que poderá ajudar a perceber as circunstâncias da morte da luso-descendente.

Os investigadores analisaram a casa do ex-militar, de 34 anos, incidindo atenção especial no sofá da sala e na garagem, usada para depósito de materiais.

Maëlys desapareceu a 27 de Agosto do ano passado em Pont-de-Beauvoisin, no leste de França. Lelandais foi detido a 31 de Agosto e foi formalmente acusado do homicídio da luso-descendente.

A 14 de Fevereiro, indicou à polícia o local onde enterrou os restos mortais da criança, tendo sido encontrado "quase todo o esqueleto", segundo o procurador de Grenoble, Jean-Yves Coquillard. Dois dias depois, foi hospitalizado no Centro Hospitalar de Vinatier, numa unidade que recebe pessoas detidas.

Nordahl Lelandais, cujo perfil psicológico continua a confundir os investigadores, é o principal suspeito de um outro homicídio, o do cabo Arthur Noyer, ocorrido em Abril passado na mesma região de Chambéry.

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