Campeonato do Mundo pode substituir Taça Davis

Grupo presidido pelo futebolista Gerard Piqué é determinante na operação.

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Reuters/ANTONIO BRONIC

Devido à necessidade de renovar o formato da Taça Davis, para combater a deserção das principais estrelas do ténis mundial, e com a ameaça da ATP em recriar a Taça do Mundo de Nações, a Federação Internacional de Ténis (ITF) aprovou, por unanimidade, a proposta da Kosmos para a criação de uma fase final do Grupo Mundial da Taça Davis com 18 nações, a competirem durante uma semana de Novembro.

"Esta é uma mudança radical para a ITF e para o ténis. A nossa visão é criar um grande final de época, que será um festival de ténis e entretenimento, com os maiores jogadores do mundo representando os seus países, para encontrar os campeões da Taça Davis”, defendeu David Haggerty, presidente da ITF, que organiza a prova criada em 1900.

A Kosmos, cujo rosto é o futebolista Gerard Piqué, irá investir, em conjunto com a ajuda da Rakuten, empresa de comércio eletrónico com sede em Tóquio, cerca de 2,4 mil milhões de euros durante um período de 25 anos. "A Kosmos está entusiasmada por participar nesta entusiasmante parceria com a ITF. Juntos, podemos elevar a Taça Davis a novos patamares, organizado uma apetecível Taça do Mundo de ténis, com as melhores nações e os melhores jogadores", frisou Gerard Piqué, fundador e presidente da Kosmos.

A proposta será agora desenvolvida e concretizada num acordo formal, a ser submetido a aprovação por uma maioria de dois terços na Assembleia Geral da ITF, a realizar em Agosto.

Segundo a proposta, a Taça do Mundo será disputada entre as 16 nações que compõem o Grupo Mundial, mais duas equipas a seleccionar. Haverá uma primeira fase de grupos e, a partir dos oitavos-de-final, entra um sistema de eliminatórias. Para que a competição possa decorrer no prazo de uma semana, cada confronto entre selecções será composto por dois singulares e um par, disputados à melhor de três sets

Várias cidades já manifestaram interesse em receber o novo evento, que pretende ter a primeira edição no final de 2019. Tendo em conta a altura do ano e a necessidade de utilização de vários courts em simultâneo, os continentes asiático e oceânico deverão ser os mais sérios candidatos a receber a prova.

Nos Grupos zonais I e II da Taça Davis não haverá alterações, mantendo-se a realização das eliminatórias nas habituais semanas do ano, com o tradicional factor casa a caracterizar cada eliminatória.

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