PCP ataca Governo com os transportes

Interpelação ao Governo marcada para esta quinta-feira pelos comunistas vai centrar-se nos serviços públicos de comunicações e transportes.

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Interpelação será conduzida pelo deputado comunista Bruno Dias DRO DANIEL ROCHA

O aviso do tema foi feito há mais de uma semana, por isso os comunistas esperam que os ministros do Ambiente e do Planeamento cheguem esta quinta-feira à tarde ao Parlamento com respostas. Na interpelação ao Governo que o PCP marcou sobre “política geral centrada nas necessidades de investimento nos serviços públicos, nomeadamente nos sectores da saúde, educação, transportes e comunicações”, os deputados comunistas querem soluções e compromissos para uma série de “problemas concretos que os portugueses sentem no dia-a-dia”. E vão exigir o cumprimento de promessas de investimento feitas pelo Governo socialista.

A reivindicação é do deputado Bruno Dias, que irá conduzir a interpelação comunista, e que dá vários exemplos de como o sector dos transportes tem sido deixado ao abandono pelo Governo. No Metro de Lisboa há cerca de 30 composições fora de serviço e a frota total são 111; na ligação de barco entre o Barreiro e Lisboa há seis catamarãs a operar diariamente e têm que estar todos ao serviço para os horários serem cumpridos (os outros dois estão encostados); na EMEF os trabalhadores têm manifestado preocupação com o material circulante que tem várias décadas, como o da linha de Cascais, e já devia ter sido substituído.

“São muitos os exemplos de carências de meios materiais e de pessoal que se reflectem em problemas nos serviços de transportes, desde a CP à Transtejo, passando pela Soflusa ou pelo metro de Lisboa ou do Porto, mas também em diversas zonas do interior do país, em especial no transporte ferroviário”, afirma o deputado ao PÚBLICO. “Os trabalhadores fazem autênticos milagres nestas empresas para assegurar os serviços”, acrescenta.

Tal como anunciaram no final das jornadas parlamentares que dedicaram ao investimento público, os comunistas vão também exigir a reversão da concessão dos CTT e o regresso da gestão para mãos estatais, assim como a intervenção pública e dos reguladores para obrigar a PT/Altice a repor os serviços de telecomunicações nas zonas afectadas pelos incêndios do ano passado.

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