Profissionais do Hospital de São João agredidos por grupo que tentou atropelar polícia

Desacatos envolveram dez pessoas. Um enfermeiro ficou internado. A administração do hospital anunciou a abertura de inquérito para esclarecer agressão "selvática".

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Martin Henrik

A PSP participou ao Ministério Público um caso de agressões a profissionais da urgência do Hospital de São João, no Porto, e posterior tentativa de atropelamento do polícia que procurava deter os envolvidos, disse nesta quarta-feira fonte do Comando Metropolitano.

Falando à agência Lusa, o oficial de serviço na PSP do Porto contou que cerca de dez pessoas estiveram envolvidas nos desacatos mas só duas foram identificadas. Trata-se de uma pessoa que deu entrada na urgência como doente e de outra que ali foi como acompanhante.

O caso registou-se pouco depois das 23h de terça-feira. Na sequência de uma alegada demora de atendimento do doente, foram agredidos dois enfermeiros, um auxiliar e um segurança.

Enfermeiro internado

"Um dos enfermeiros necessitou de ficar internado", disse a fonte policial contactada pela Lusa.

O agente da PSP em serviço no posto policial do hospital tentou fazer detenções e chegou mesmo a concretizar disparos de intimidação, para o ar, mas não evitou a fuga dos envolvidos. Chegaram mesmo a tentar atropelá-lo. A PSP destacou para o local várias reforços.

Aberto inquérito para esclarecer “agressão selvática”

O Centro Hospitalar de São João (CHSJ), no Porto, abriu um inquérito interno para esclarecer "todas as circunstâncias" da agressão "selvática" a quatro profissionais do Serviço de Urgência, registada na noite de terça-feira, anunciou hoje o conselho de administração.

Em comunicado, o conselho de administração do CHSJ refere ainda que comunicou os factos às autoridades competentes e manifesta "toda a solidariedade" para com os profissionais envolvidos.

O CHSJ diz que o doente "foi triado de acordo com os procedimentos normais e cumprindo todos os tempos previstos". "Repentinamente, o doente e acompanhantes referidos agrediram selvaticamente quatro profissionais do Serviço de Urgência", acrescenta.

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