Portugal defende valorização da participação em missões da Aliança

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Exercíciio da NATO na costa de Grândola, em 2015 Rui Gaudêncio/PÚBLICO/arquivo

Portugal está em condições de garantir o reforço do seu investimento em defesa de forma a integrar o grupo de 15 membros da NATO cujas contribuições financeiras para a aliança militar atingirão os 2% do Produto Interno Bruto até 2024, conforme acordado na cimeira realizada no País de Gales em 2014.

O nível actual das despesas portuguesas de defesa é de 1,32% do PIB, um valor puramente financeiro e que, como argumenta o Governo português (e outros da NATO) não leva devidamente em conta as contribuições das Forças Armadas nacionais em missões da aliança e outras operações militares conjuntas — com a União Europeia, com as Nações Unidas ou acções bilaterais.

Apesar de já ter entregue na NATO o plano para o aumento da despesa até aos 2% do PIB nos próximos seis anos, Portugal será um dos países que defenderá uma valorização das várias componentes do investimento em defesa e não apenas aquelas que têm reflexos orçamentais. No jargão da aliança, as despesas distribuem-se por três áreas, conhecidas como os 3C (cash, capabilities, contributions); o que Lisboa diz é que o esforço que representa a presença em vários teatros não está a ser contabilizado, do ponto de vista financeiro, para o cumprimento da meta dos 2% do PIB.

Elogiando os progressos recentes de Portugal em termos de reforço do orçamento da defesa, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, procurou estabelecer uma ligação entre a inversão do ciclo da crise e a melhoria da situação financeira do país e o cumprimento da meta dos 2% do PIB. “Com o crescimento económico que [Portugal] está a registar, há mais margem para aumentar os gastos com a defesa”, considerou.

 

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