No Ponto: ganchas de São Brás

Regularmente, a Fugas revelará um vídeo novo sobre um doce diferente.

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Em Vila Real, os namorados não esperam pelo São Valentim para cortejarem as mulheres com doces. Logo no dia 3 de Fevereiro é dia de São Brás. E diz a tradição local que os homens deverão oferecer a gancha do santo — "pura e simplesmente" feita de água e açúcar — às mulheres pretendidas. Elas, por sua vez, tiveram o dia de Santa Luzia, 13 de Dezembro, para escolherem a quem dar o pito, que é outro doce de Vila Real.

À medida que vai enrijecendo, o açúcar caramelizado vai sendo moldado à mão até fazer a forma de uma bengala, um gancho que simboliza o báculo de São Brás. Segundo a página 178 do livro A Doçaria Portuguesa (Norte), a festa continua a incluir as vendedoras das ganchas na rua, actualmemte representadas pelas Marianas, mulheres de uma família local que se reúnem, desde há várias gerações, junto à Capela de Santo António, o Esquecido, e junto à Igreja de São Dinis, a vender as ganchas.

A Doçaria Portuguesa

Cristina Castro criou o projecto No Ponto para registar e dar a conhecer os doces do país. Tem vindo a publicar a colecção A Doçaria Portuguesa, "os mais completos livros sobre a história e actualidade dos doces de Portugal". A investigação para este trabalho levou a autora a viajar por todos os concelhos em busca de especialidades doceiras. A partir da oportunidade de ver como se faz, de falar com quem produz, de conhecer vidas, histórias e tradições associadas à doçaria, surgiram os vídeos que desvendam um pouco de cada doce. Regularmente, a Fugas revelará um vídeo novo sobre um doce diferente.

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