Chamadas para a linha SNS 24 relacionadas com síndroma gripal aumentaram 32%

Acréscimo notado neste Inverno é resultado de mais campanhas de incentivo à utilização desta linha, dizem responsáveis pelo serviço.

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Daniel Rocha

O número de contactos feitos para a linha SNS 24, que depois resulta em encaminhamentos para autocuidados, serviços de urgência, centros de saúde, ou outros serviços, aumentou 45% este Inverno em relação ao anterior — a comparação é feita entre o período que vai de 1 de Dezembro de 2016 a 5 de Fevereiro de 2017 com o de 1 de Dezembro de 2017 a 5 de Fevereiro de 2018.

No caso das chamadas relacionadas com o diagnóstico de síndroma gripal e infecções respiratórias, o aumento foi de 32%, de 22.667 para 30.134 — neste caso, o período em análise é um pouco maior (compara 1 de Dezembro de 2016 a 7 de Fevereiro de 2017 com o período entre 1 de Dezembro de 2016 e 7 de Fevereiro de 2017), porque a informação constante do Portal da Transparência do SNS contempla mais dias.

Os portugueses ligam mais para esta linha de apoio e isso também resulta em mais encaminhamentos para os diferentes cuidados de saúde. No caso das chamadas associadas a síndroma gripal, o principal tipo de encaminhamento são os autocuidados, que no período em análise aumentaram dos 12.604 para os 17.242. Mas também houve um aumento no encaminhamento para os serviços de urgência (67%) e centros de saúde (17%).   

Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), responsáveis pela gestão desta linha de atendimento, interpretam o aumento como resultado das campanhas de comunicação que incentivam os portugueses a contactar o número 808242424 antes de acorrer a serviços físicos.

Os SPMS dizem que o aumento da procura tem sido "sustentado" e acrescentam que “o SNS 24 tem respondido adequadamente”. Quando aos contactos relacionados com síndroma gripal e infecções respiratórias, considera que “apresentam o padrão habitual desta época”.

Ana Rita Cavaco, bastonária da Ordem dos Enfermeiros, salienta que “o encaminhamento para cuidados em casa já foi mais elevado do que é hoje”. E considera que “há chamadas de retorno, mas não em número suficiente”. Estas chamadas, que os técnicos do SNS 24 fazem às pessoas que os contactam, destinam-se a garantir algum acompanhamento aos doentes a quem o serviço aconselha autocuidados, em vez de uma deslocação a uma unidade de saúde.

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