Apesar de não ser um país conhecido pela neve, Portugal teve dez atletas no programa de preparação para os Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018. Todos eles residentes fora do país e, por isso, representantes da diáspora. No final da fase de qualificação, contudo, apenas dois garantiram a presença na Coreia do Sul, precisamente o mesmo número de há quatro anos, em Sochi.

Arthur Hanse é o único que repete a presença. Este descendente de emigrantes portugueses, que nasceu em Paris e reside em Lyon, França, vai para os seus segundos Jogos. Compete dia 18 de Fevereiro, na prova de slalom gigante e a 22 na de slalom e o objectivo é fazer melhor do que em Sochi, quando não terminou em nenhuma das duas especialidades.

O outro representante português em PyeongChang será Kequyen Lam, filho de pais chineses que fugiram do Vietnam por causa da guerra sino-vietnamita, chegando a Macau de barco. Foi no então território português que se instalaram até irem para o Canadá, onde vivem. Lam obteve a nacionalidade portuguesa em 2006 e vai participar na competição de esqui de fundo – dia 16 de Fevereiro vai dar o seu melhor durante 15kms. O objectivo é melhorar o 93.º lugar de Dany Silva, o português que competiu na mesma prova em 2006 e 2010.

Embora Portugal vá repetir o número de representantes nos Jogos Olímpicos de Inverno, esta será a primeira vez que o país irá competir em duas modalidades diferentes. Antes, já tinha marcado presença com dois atletas em esqui e, em 1988, chegou a levar quatro, que competiram em bobsleigh.