Taxa de desemprego caiu para 8,1% no último trimestre de 2017

Mercado de trabalho manteve tendência de criação de emprego. No total de 2017, a média da taxa de desemprego cifrou-se em 8,9%, o que compara com os 11,1% de 2016.

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Rita Franca

A criação de novos empregos nos últimos três meses de 2017 foi quase nula, mas a redução do número de desempregados em 22 mil colocou a taxa de desemprego no quarto trimestre nos 8,1%, prolongando a tendência positiva dos últimos anos.

O valor da taxa de desemprego agora anunciado pelo Instituto Nacional de Estatística é inferior em 0,4 pontos percentuais ao registado no terceiro trimestre e fica bastante abaixo dos 10,5% que se registaram no final de 2016.

Em termos anuais, a taxa de desemprego média no total de 2017 acabou por se cifrar em 8,9%, uma descida de 2,2 pontos percentuais face a 2016, acabando por este indicador ficar mesmo abaixo da mais recente previsão do Governo que era de 9,2%.

De acordo com o INE, existiam no quarto trimestre do ano passado menos 22 mil desempregados do que no trimestre anterior, ao passo que a população empregada estimada apenas registou um crescimento de 1900 pessoas. A população activa caiu em cerca de 20 mil pessoas.

No entanto, quando a comparação se faz com o mesmo trimestre de 2016, é evidente a tendência que se tem registado de forte criação de novos empregos (mais 161 mil), com diminuição da população desempregada (menos 121 mil).

Lisboa melhor, Algarve pior

Os dados do emprego no quarto trimestre são geralmente bastante afectados por factores de ordem sazonal. É neste período que os chamados "empregos de Verão" deixam de contribuir para a redução do desemprego. Apesar de a taxa de desemprego ter continuado a cair, há sinais de que este efeito sazonal negativo se voltou a verificar.

Quando se olha para os dados do desemprego por região, nota-se que no Algarve, a zona do país mais sensível a este tipo de efeitos sazonais, a taxa de desemprego aumentou de 5,2% para 7,3%, em contraciclo com a média do país. O valor agora registado fica no entanto bem abaixo dos 9,4% do quarto trimestre de 2016, o que mostra que, retirando da análise as oscilações sazonais, a tendência também é positiva no Algarve.

Por seu lado, a região da Grande Lisboa foi a que melhor desempenho revelou no mercado de trabalho no final de 2017, com uma queda de da taxa de desemprego de 9,4% no terceiro trimestre para 8,2% no quarto. No espaço do ano este indicador caiu 3,2 pontos percentuais em Lisboa, o que fez com que Lisboa passasse de ser, no final de 2016, a segunda região com um desemprego mais elevado, para agora ser a terceira que tem menos.

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