PGR diz que inquérito a Centeno seguiu trâmites normais

Joana Marques Vidal diz que há processos que demoram mais do que outros, mas admite que este caso, como outros, são oportunidades para a hierarquia do MP analisar procedimentos

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Joana Marques Vidal durante a sessão de abertura do XI Congresso do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

A procuradora-geral da República considera normal o arquivamento do inquérito que envolvia o ministro Mário Centeno, sobre alegados benefícios fiscais em troca de bilhetes para um jogo de futebol do Benfica, dizendo que o processo seguiu os trâmites normais.

“Há uns [processos] pela própria natureza da matéria em causa que são mais curtos. Há outros que são mais longos”, disse Joana Marques Vidal aos jornalistas, à margem do XI Congresso dos Magistrados do Ministério Público (MP), que decorre este fim-de-semana no Funchal, repetindo que foi seguida a tramitação habitual dos casos.

“Os inquéritos são abertos porque se considera que há notícias de crimes. Faz-se a investigação que se considera adequada e decide-se o futuro”, acrescentou, admitindo que, tal como noutros processos, este também servirá para a hierarquia do MP reflectir sobre os procedimentos que foram seguidos.

“Todos os casos, os que estão pendentes e os que já acabaram são sempre oportunidades para nós vermos se houve ou não houve falhas em termos internos. Para fazermos uma reflexão sobre procedimentos a adoptar e sobre se a intervenção foi aquela que estava prevista no estatuto”, disse Joana Marques Vidal, que recusou comentar a sua continuidade à frente da Procuradoria-Geral da República.

É, disse, uma decisão que cabe ao Governo e ao Presidente da República. E, por isso, não comenta, nem adianta se quer ou não quer continuar. 

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