Porque é que o Benfica nega que Vieira seja arguido?

Luís Filipe Vieira não assinou a notificação em que as autoridades judiciais o informavam da sua condição de arguido, por entender que tinha desconformidades legais.

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Rui Gaudêncio

Tanto o Benfica como o advogado do clube, João Correia, se têm empenhado em negar a condição de arguido do presidente dos “encarnados”, Luís Filipe Vieira. Voltaram a repeti-lo ontem, mesmo depois de a Procuradoria-Geral da República ter emitido um comunicado a dizer que o dirigente desportivo é mesmo arguido. “Não é arguido, ponto final”, declarou o representante legal do clube. A questão, porém, não passa de uma formalidade: Luís Filipe Vieira não assinou a notificação em que as autoridades judiciais o informavam da sua condição de arguido, por entender que tinha desconformidades legais. Que, de resto, se estendem, segundo o representante legal do clube, às buscas feitas a instalações do Benfica, que vai tentar anular. Diz que não foram acompanhadas de todas as individualidades a que a lei obriga, como um juiz de instrução criminal.

Os advogados do ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente, que as autoridades angolanas se recusam a notificar no âmbito de um processo em que é suspeito de corrupção, também defendem que o antigo governante não é arguido, uma vez que não foi notificado. Mas o juiz que está a julgar os restantes suspeitos garante que sim, que mesmo assim tem condição de arguido.

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