Administrador de insolvência da Ricon quer “vender a empresa no seu todo”

O administrador de insolvência da Ricon, de Vila Nova de Famalicão, disse hoje que uma vez declarado o encerramento o objectivo é "vender a empresa no seu todo" e que "há sempre interessados para compras".

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LUSA/JOSé COELHO

Pedro Pidwell, que falava aos jornalistas no final da segunda assembleia de credores marcada para esta manhã e das quais resultou o decreto de encerramento e liquidação de activos da Ricon Industrial S.A e da Delcon, duas das unidades operacionais do grupo Ricon, explicou que as conversações entre investidores que decorreram até ao final do dia de terça-feira com o objectivo de "salvar" as fábricas "não se concretizaram".

"A proposta que foi apresentada não foi aceite. Aquilo que me foi transmitido é que a proposta não se enquadra na orientação estratégica da Gant para Portugal", afirmou Pidwell.

O responsável pela gestão da insolvência adiantou que os investidores interessados eram "nacionais e estrangeiro" e que "apresentaram uma proposta à Gant que foi recusada".

O caminho a seguir, apontou Pidwell, é agora o da venda dos activos.

"Estamos a trabalhar para vender a empresa no seu todo porque é a forma de potenciar valor e o ressarcimento dos credores", disse.

Questionado sobre se havia já interessados na compra das fábricas, o responsável não quis concretizar.

"Há sempre interessados para compras. A partir de agora há um conjunto de activos de empresas que estão prontas para retomar a laboração. Portanto, se houver interessados, estamos cá para isso", respondeu, explicando que "não é o momento" para revelar conversações.

Ao final da manhã, o Tribunal de Comércio de Vila Nova de Famalicão decretou o encerramento e liquidação da Ricon Industrial S.A, sendo revelado durante a assembleia de credores que deu origem aquela decisão que o salário do mês de janeiro, que se encontra por pagar, será pago.

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